Alexander Hamilton, um dos fundadores dos Estados Unidos, considerado o ‘pai da indústria americana’, morre em Nova York em 12 de julho de 1804, aos 47 anos. Um dos líderes da corrente federalista nos anos que se seguiram à independência, tornou-se defensor fervoroso da rápida industrialização do país e do reforço do poder central. Entre 1787 e 1788, redigiu a maior parte dos ‘Federalist Papers’ que iriam inspirar os redatores da Constituição dos Estados Unidos.
Primeiro Secretário do Tesouro do governo presidido por George Washington, criou em 4 de julho de 1791 o Banco dos Estados Unidos, embrião do atual Federal Reserve. Foi morto em duelo por um indivíduo pouco recomendável, o vice-presidente norte-americano Aaron Burr.
Nascido em 1º de janeiro de 1757 no seio de uma família pobre da ilha de Nevis, Antilhas Britânicas, Hamilton tornou-se ajudante de campo do general George Washington durante a Guerra de Independência no posto de tenente-coronel. Posteriormente estabeleceu-se como advogado.
Eleito delegado por Nova York à Convenção de Filadélfia, reunida de outubro de 1787 a agosto de 1788 e encarregada de dotar o país de uma constituição, paralelamente às sessões, publica em diversos jornais, em colaboração com seu amigo James Madison, filho de um fazendeiro de Virgínia, análises políticas de altos voos destinadas a inspirar os convencionais e esclarecer o grande público. Foram, no total, 85 artigos compilados sob o título de ‘Federalist Papers’. O texto é considerado hoje um baluarte da ciência política e estudado em diversos cursos de graduação área.
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Como Secretário do Tesouro (Ministro das Finanças), em 17 de maio de 1792, por sua iniciativa, os negociadores de ações e de títulos bancários entraram em acordo a fim de prevenir manipulações nefastas de alguns especuladores. A reunião teve lugar no prédio de número 68 da Wall Street em Nova York. Era a origem da atual Bolsa de Valores.
Alexander Hamilton se opôs ao sonho bucólico do secretário de Estado, Thomas Jefferson, de uma América constituída de pequenos proprietários ‘livres e iguais’. Alimentava, quanto a ele, o sonho de um Estado forte e poderoso, dirigido pela rica oligarquia de negócios da Nova Inglaterra.
Na condição de ministro das Finanças expôs em celebre relatório — Report on Manufacturers — o princípio de uma proteção aduaneira e de uma política industrial vigorosa a fim de favorecer o surgimento de uma economia moderna.
Suas recomendações seriam retomadas mais tarde pelo economista alemão Friedrich List, que defenderia a tese da necessidade de protecionismos em países em vias de industrialização. Todavia Hamilton não foi muito longe na defesa de sua tese.
Em 11 de julho de 1804, Alexander Hamilton confronta-se em um duelo de pistolas com o vice-presidente norte-americano Aaron Burr a quem havia classificado de “homem perigoso a quem não se deve ter confiança”, o que, aliás, era a pura verdade.
Opositor, por princípio, a duelos, Hamilton atirou para o alto. Seu adversário respondeu com um tiro no abdômen. Hamiltom morreu após 30 horas de agonia. Os Estados Unidos perdiam com ele um economista de talento e um chefe político de grandes méritos.
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