Atualizada em 18/08/2017 às 15:56
O técnico norte-americano Ray Dolby apresenta em 20 de agosto de 1963 seu sistema de redução de ruído de fundo para o registro sonoro. Em 1976, aplicaria o sistema na indústria cinematográfica com o Dolby Stereo. Guerra nas Estrelas de George Lucas e Apocalypse Now de Francis Ford Coppola seriam os primeiros filmes a utilizá-lo.
Hoje, Dolby é um nome familiar. O símbolo “DD” pode ser encontrado em quase todos os modernos equipamentos de som, inclusive painel de controle de jogos, televisão de alta definição (HDTV), ‘home theaters’, estéreos domiciliares e automotivos, cinema e computador pessoal (PC).
Tudo começou em 1949 quando Ray Dolby foi trabalhar em tempo parcial na Ampex Corporation, enquanto cursava o colégio. Ele se relacionou com variadas empresas que fabricavam instrumentos de áudio. Dolby então continuou a trabalhar para a Ampex enquanto frequentava a Universidade Stanford. Durante este período, juntou-se a um pequeno grupo de engenheiros da Ampex, determinados a inventar o primeiro gravador de ‘video-tape’ do mundo. Dolby concentrou-se nos aspectos eletrônicos do projeto. A equipe teve sucesso na apresentação desta nova tecnologia. A Ampex vendeu então seu primeiro gravador de ‘vídeo tape’ por 50 mil dólares.
Dolby diplomou-se na Stanford em 1957, sendo premiado com uma bolsa de estudos na Universidade de Cambridge, Inglaterra. Lá estudou durante seis anos, conquistando Ph.D. em física. Em 1965, Ray Dolby fundou sua própria companhia, a Dolby Laboratories. O primeiro produto dessa nova e inovadora companhia foi identificado como Dolby tipo A com redução de ruído. De fato, reduzia significativamente o ruído ambiente ou sons sibilantes encontrados em gravações de tape profissionais, sem pôr em risco o conteúdo original do material a ser gravado. Foi o começo de muitos avanços que Dolby levaria a cabo no complexo mundo do áudio.
Dolby desenvolveu um engenhoso método de redução de ruídos ao separar sinais débeis daqueles mais fortes para então simplesmente deixar de processar os sinais fortes. Dividiu então o espectro sonoro em diversas bandas a fim de evitar dissonância ou volume alto, gerando, por conseguinte, ruído zero. Esse método se integraria em numerosos aspectos com o rápido e crescente fascínio da sociedade pelo entretenimento eletrônico De pronto, os consumidores ficaram insatisfeitos com o som ‘plano’ que os rádios e ‘cassettes’ emitiam. Todos queriam ouvir música em estéreo.
Esse novo som abriu espaço também nos cinemas. O som Dolby fez sua estreia no registro original de Guerra nas Estrelas e continuou a surpreender a audição das platéias até os nossos dias. O som é ao mesmo tempo espetacular e natural. Devido a essa tecnologia, até os ‘video games’ são mais realistas. O som é mais potente e não é apenas ouvido mas também sentido. O som é tão tangível que o que antes só se poderia imaginar tornou-se, de fato, palpável. Muita gente deixou de ir aos cinemas desde quando o sistema de ‘home theater’ foi equipado com o som multidirecionado Dolby.
Recentes aperfeiçoamentos, inclusive o Dolby 5.1, 6.1, 7.1 e 9.1, Dolby Digital Surround EX, Dolby SR, Dolby TrueHD e inúmeros outros. O sistema Dolby é o “Rei do Som’ reinante e muito provavelmente o será ainda por um bom tempo.
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