Em 28 de fevereiro de 1982, o Museu J. Paul Getty foi construído após receber US$ 1,2 bilhão – legado do magnata do petróleo J. Paul Getty, que morreu em 1976. No entanto, uma disputa legal acerca de sua fortuna, protagonizada por seus filhos e ex-mulheres, manteve a execução da última vontade do bilhardário norte-americano parada até 1982.
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Durante esses seis anos, o que era originalmente uma doação de US$ 700 milhões para o museu, praticamente dobrou. Em 2000, o legado já valia US$ 5 bilhões, mesmo após um conglomerado de empresas despendera perto de US$ 1 bilhão na construção de um enorme complexo, envolvendo o museu e uma escola de artes em Los Angeles.
[J.Paul Getty, em fotografia datada de 1944: fez fortuna com petróleo]
Jean Paul Getty, nascido em Minneapolis em 1892, construiu sua fortuna por meio da acumulação de propriedades de companhias de petróleo. Começou a colecionar obras de arte nos anos 1930, dando preferência a pinturas da Renascença e do Barroco e ao mobiliário francês, reunindo-as em sua casa de campo de Malibu, Califórnia.
Em 1954, o magnata abriu formalmente o Museu J. Paul Getty, que ocupava uma ala especialmente construída em sua casa de Malibu. Mais tarde, sua coleção já não cabia mais nas acomodações do anexo, de modo que obrigou Getty a construir um novo museu, ainda em Malibu. O novo Museu Getty foi erguido à semelhança da Villa dei Papiri, um casarão romano descoberto na cidade de Herculano, coberta pela erupção do vulcão Vesúvio em 79 d. C.
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A obra foi concluída em 1974, no entanto, Getty, que vivia a maior parte do tempo na Inglaterra após a Segunda Guerra Mundial, morreu antes que pudesse retornar a Malibu para vê-la em pessoa. Seu caixão foi enviado à Califórnia e enterrado perto de seu museu em um penhasco com vistas ao Oceano Pacífico.
Ao deixar uma terça parte de sua fortuna ao Museu J. Paul Getty, sua única estipulação foi que a fortuna fosse utilizada para a “difusão do conhecimento geral e artístico”. Isto conferiu ao museu uma extraordinária liberdade – legado pouco usual de um homem que em sua vida buscou absoluto controle sobre seus negócios.
As leis governamentais, entretanto, exigiam que o museu devesse gastar 4,25% das doações em novas aquisições em três de cada quarto anos a fim de manter seu status de isento de impostos. No primeiro ano após o legado de Getty, aquela porcentagem equivalia a US$ 54 milhões. Hoje, monta a mais de US$ 200 milhões.
O maior desafio do Museu J. Paul Getty, por conseguinte, é encontrar bons objetos artísticos para comprar. O museu gasta uma boa fatia de seus recursos na construção de Centro Getty, um complexo de seis edifícios no alto de uma colina no distrito de Brentwood, Los Angeles.
Esse complexo, que custou US$ 1 bilhão, foi inaugurado em dezembro de 1997. Tendo levado 14 anos em sua construção, o Centro Getty inclui um grande museu, um instituto de pesquisa, biblioteca, um instituto de conservação artística, um instituto de informação digital, um instituto de educação artística, uma escola de administração de museus e um centro para concessão de bolsas de estudo. Os prédios, em estilo modernista, foram projetados pelo arquiteto Richard Meier.
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