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Hoje na História

Hoje na História: 1953 - Revolta operária eclode em Berlim Oriental

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A sublevação aconteceu dois meses apenas depois da morte de Stalin e as tropas soviéticas a reprimiram duramente

Max Altman

São Paulo (Brasil)
2022-06-17T15:30:00.000Z

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Os trabalhadores de Berlim Oriental dão início em 17 de junho de 1953 a uma revolta para denunciar o aumento da jornada de trabalho nas fábricas e para exigir a substituição do governo comunista que a União Soviética colocou em sua zona de ocupação militar. A sublevação aconteceu dois meses apenas depois da morte de Stalin e as tropas soviéticas a reprimiram duramente — os ocidentais não se manifestaram. Três milhões de alemães do Leste se passaram para o lado ocidental antes da construção do muro de Berlim em 1961.


A URSS ordenou que toda uma divisão blindada de suas tropas entrasse em Berlim Oriental com o fim de esmagar a rebelião dos trabalhadores e de manifestantes antigovernamentais. Segundo analistas, a investida soviética em Berlim foi o prenúncio de outras intervenções posteriores na Hungria em 1956 e na Tchecoslováquia em 1968.

No dia seguinte aos distúrbios, uma multidão de trabalhadores descontentes e outros dissidentes governamentais, estimada entre 30 e 50 mil manifestantes, tomou as ruas. Líderes do protesto emitiram uma declaração convocando uma greve geral, a renúncia do governo da Alemanha Oriental e eleições livres. As forças soviéticas atacaram sem demora e sem prévia advertência.
As tropas, apoiadas por tanques e outros veículos blindados, irromperam em meio à multidão de manifestantes. Alguns dos manifestantes tentaram resistir e contratacar, mas a maioria fugiu antes da arremetida. Funcionários da Cruz Vermelha em Berlim Ocidental estimaram o total de mortes entre 15 e 20 e o número de feridos em mais de 100. O Comando Militar soviético decretou a lei marcial e já na tarde de 17 de junho os manifestantes haviam sido dominados e uma relativa calma foi restabelecida.

Bundesarchiv
Um tanque soviético nas ruas de Leipzig em 17 de Junho de 1953, em meio a uma revolta denunciando o aumento da jornada de trabalho

Enquanto isso, em Washington, o presidente Dwight Eisenhower declarava que a brutal ação soviética contradizia a propaganda russa de que o povo da Alemanha Oriental se sentia feliz com o seu governo. Em meio à Guerra de propaganda em plena Guerra Fria, a emissora radiofônica Voz da América na Europa transmitia que a repressão aos que protestavam era “uma boa lição do que o comunismo representava e que os trabalhadores de Berlim Oriental acabavam de escrever uma página gloriosa na história do pós-guerra. Tinham exposto a natureza enganadora dos regimes comunistas."

Essas críticas tiveram pequeno efeito sobre o controle soviético da Alemanha Oriental, que permaneceu como uma fortaleza socialista na Europa Central até a queda do Muro de Berlim em 1989.

Outros fatos marcantes da data:
17/06/1885 - A Estátua da Liberdade chega a Nova Iorque
17/06/1940 - França se rende à Alemanha nazista sem lutar
17/06/1931 - É inaugurada em Madri a Praça Monumental de Touros de Las Ventas



(*) A série Hoje na História foi concebida e escrita pelo advogado e jornalista Max Altman, falecido em 2016.

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Saúde

OMS alerta para transmissão da varíola dos macacos de humanos para animais

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Ciência registra primeiro caso de infecção de homem para cachorro, soando alerta da organização internacional

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-18T19:55:00.000Z

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um alerta nesta quarta-feira (17/08) para que os infectados com varíola dos macacos evitem expor animais ao vírus, após o relato do primeiro caso de transmissão de humanos para um cachorro.

O caso envolvendo dois homens e um cão da raça galgo italiano, que vivem juntos na mesma residência, foi registrado em Paris, na França, e descrito na revista médica The Lancet.

"Este é o primeiro registro de transmissão de humano para animal [...] e acreditamos que seja o primeiro exemplo de um canino sendo infectado", afirmou Rosamund Lewis, diretora técnica da OMS para varíola dos macacos.

Segundo a diretora, especialistas já estavam cientes do risco teórico da possibilidade desse tipo de transmissão, e agências públicas de saúde já haviam lançado apelos para que infectados isolassem seus pets.

Além disso, diz Lewis, o manejo adequado do lixo é fundamental para diminuir o risco de contaminação de roedores e outros animais externos. Segundo ela, é vital que as pessoas saibam como proteger seus animais de estimação, assim como manejar corretamente o lixo, "de maneira que os animais, em geral, não sejam expostos ao vírus".

Mutações

Quando os vírus conseguem "pular" a barreira das espécies, surgem preocupações de que possam passar por mutações em sentidos mais perigosos.

NIAID/AP/picture alliance
Cientistas temem que o vírus da varíola dos macacos, ao se transportar para espécies diferentes, possa sofrer mutações

Lewis ressaltou que, até o momento, não há registros de que isso esteja ocorrendo, mas reconheceu que "certamente, tão logo o vírus se transporte para um ambiente e uma população diferente, existe, obviamente, a possibilidade de que venha a se desenvolver e se desenvolver de maneira diferente".

Para ela, a preocupação maior gira em torno dos animais externos ao ambiente doméstico.

"A situação mais perigosa [...] seria aquela na qual o vírus consegue se movimentar em uma população de pequenos mamíferos com alta densidade de animais", afirmou o diretor de emergências da OMS, Michael Ryan.

Segundo ele, as infecções de um animal a vários outros poderiam gerar uma rápida evolução do vírus.

Ryan, entretanto, considera que não há grandes preocupações quanto aos animais domésticos. Ele minimizou a possibilidade de evolução do vírus em um único animal e disse que os pets não estão em risco.

Mais de 35 mil casos no mundo

A varíola dos macacos recebeu esse nome por ter sido inicialmente identificada em primatas utilizados em pesquisas científicas na Dinamarca, em 1958. No entanto, o vírus é encontrado em uma variedade de animais, com frequência maior nos roedores.

A doença foi detectada em humanos pela primeira vez em 1970, na República Democrática do Congo, e se espalhou para outras nações na África Central e Ocidental.

Em maio, as infecções começaram a se espalhar com rapidez pelo mundo. Mais de 36 mil casos da varíola dos macacos já foram confirmados em 92 países desde o início do ano, com 12 mortes registradas, segundo dados da OMS. A entidade classificou a doença como uma emergência global de saúde.

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