Gian Lorenzo Bernini, eminente artista do barroco italiano, que se distinguiu como escultor e arquiteto, embora tivesse sido também pintor, desenhista, cenógrafo e criador de espetáculos de pirotecnia, cujas obras de arte estão presentes até os dias atuais em Roma e no Vaticano, morreu em 28 de novembro de 1680 em Roma, e seu funeral foi na Basílica de Santa Maria Maggiore. 

Ele deixou uma imensa coleção de trabalhos que enriquecem os museus em todo o mundo. Suas esculturas guardam o estilo clássico embora permaneçam atuais pela sua beleza. A exemplo de outros escultores de seu calibre, seu desenho da forma humana é fotográfica, porém expressiva. 

Bernini foi um artista extremamente prolífico e talentoso que viveu durante o século 17. É criador do estilo barroco italiano de escultura e certamente um dos grandes escultores de todos os tempos. Foi o mais solicitado escultor de seu tempo e trabalhou sob encomenda para as personalidades mais destacadas da época, papas, príncipes, duques, cardeais. A maioria de seus trabalhos está em Roma onde viveu e trabalhou durante toda a sua vida. 

Bernini nasceu em dezembro de 1598 em Nápoles. Era filho de um talentoso escultor, Pietro Bernini, que lhe ensinou a arte de esculpir desde a infância. Estudou as antigas esculturas gregas e romanas antigas e se tornou versado no estilo de pintura da Alta Renascença do século 16. Estudou também profundamente a obra do incomparável artista, Michelangelo. 

Desde muito jovem, Bernini passou a receber encomendas de papas e cardeais da Santa Sé. Tinha apenas 25 anos quando o cardeal Borghese solicitou-lhe uma escultura de David. Aos 26 anos começou a trabalhar no baldaquino de bronze da Basílica de São Pedro em Roma. A sintonia artística entre o papa de então, Urbano VIII, e Bernini se mostraria nesta obra, edificação erguida no lugar do martírio do apóstolo Pedro, fundador da Igreja. A basílica deveria representar o renascimento da Igreja e sua revitalização moral e espiritual depois da crise do século precedente. 

O Papa desejava que o novo altar fosse coberto por um enorme baldaquino. Este baldaquino, construído entre 1624 e 1633, é em bronze e está apoiado em uma base de mármore, de onde quatro colunas espiraladas terminam em um capitel com volutas apoiadas no dorso de um delfim, culminando com um globo e uma cruz.

A boa fortuna do artista cessa abruptamente com a morte de seu protetor. Em 1644 começa o pontificado do papa Inocêncio X, muito mais austero por causa da crise econômica . As melhores encomendas foram para artistas rivais, como Borromini e Rainaldi. 

Bernini era respeitado, porém temido e odiado por seus poderes quase ditatoriais exercidos sobre o mundo artístico romano e por sua relação com o papa anterior. O papa no entanto encomendou a Bernini a decoração do braço longo da Basílica de São Pedro. 

Naquele ano ainda, realizou uma de suas obras primas absolutas, em que os valores estéticos e culturais representam um dos fatos artísticos mais importantes do século 17, a capela Cornaro na igreja de Santa Maria da Vitória, com a imagem O Êxtase de Santa Teresa. Bernini, em vez de representar um evento estático, organiza o espaço exíguo da capela como um cenário teatral. 

Com o correr do tempo, o já notável talento de Bernini quando se mostrou capaz de esculpir continuamente devido ao grande número de pedidos que recebia. Desenvolveu também um excepcional trabalho como arquiteto. Foi encarregado de projetar a fachada da Basílica de São Pedro e tinha tanto trabalho que teve de reunir uma equipe de artistas sob sua supervisão a fim de completar o influxo de encomendas. 

Grande parte da obra de Bernini foi sob encomenda e produzida em Roma. Ainda assim foi convidado a visitar a França e por solicitação do rei Luis XIV encarregado de desenhar a fachada leste do Louvre. Estando em Paris, esculpiu o busto do rei, cuja peça se tornaria famosa. Seus desenhos para a fachada leste acabaram sendo rejeitados, talvez porque dedicasse mais tempo a falar sobre a arte romana e quão maravilhosa era, despertando inveja.