A Liga das Nações, organização internacional destinada a garantir a paz mundial, formada no final da Primeira Guerra, decide em 14 de dezembro de 1939 expulsar a União Soviética em represália à invasão da Finlândia pelo Exército Vermelho em 30 de outubro.
A URSS não havia sido aceita no início pela organização devido aos projetos de exportação da revolução e da luta para levar o socialismo ao mundo todo. Só alguns anos mais tarde, em 1934, com as mudanças na política internacional soviética, o país entrou na Liga das Nações.
Embora a Liga das Nações fosse quase uma invenção do presidente norte-americano Woodrow Wilson, os Estados Unidos, que tinham assento permanente em seu Conselho Executivo, nunca se juntaram à ela. Isolacionistas no Senado norte-americano tentaram dissuadir o país a intervir na Primeira Guerra Mundial, alegando que o conflito era mais uma guerra civil europeia do que uma verdadeira guerra mundial.
Apesar de a Liga ter nascido com a nobre missão de prevenir e evitar outra “grande guerra”, logo se mostrou ineficaz, incapaz de proteger a China de uma extensa invasão japonesa ou a Etiópia de uma ocupação italiana. A Liga foi também impotente para reagir à remilitarização da Alemanha, o que se constituía numa flagrante violação do Tratado de Versalhes, o documento que estabeleceu formalmente os termos da paz para o fim da Primeira Guerra Mundial.
Início da Segunda Guerra
A Alemanha nazista e o Império do Japão retiraram-se da Liga em 1933 e a Itália fascista fez o mesmo em 1937. Os interesses estratégicos da União Soviética nos anos que antecederam a Segunda Guerra tornaram-se evidentes com a celebração do Pacto Molotov-Ribbentrop e a consequente ocupação do oriente da Polônia em setembro de 1939, alegadamente para proteger seus “irmãos de sangue” os ucranianos e os bielo-russos das ameaças da Alemanha e da Polônia.
Os países bálticos – Lituânia, Letônia e Estônia – pressionados por Moscou, assinaram tratados de defesa e assistência mútua, cujos termos permitiam à União Soviética implantar bases aéreas e navais nesses territórios. Entretanto, a invasão da Finlândia, para o que não havia aparentes justificativas aos olhos dos membros da Liga das Nações, visto que não existia tratado firmado nem provocações partidas do Estado escandinavo que pudessem justificar a agressão, resultou numa reação de condenação em escala mundial.
Mesmo o presidente Roosevelt, considerado por muitos como um aliado da União Soviética, condenou publicamente a invasão levando os soviéticos a desistir de participar da Exposição Mundial de Nova York do ano seguinte.