O assassinato de Rajiv Gandhi, ex-primeiro-ministro da Índia, foi resultado de uma bomba suicida explodida em Sriperumbudur, em Tamil Nadu, estado da Índia, em 21 de maio de 1991. Outras 14 pessoas também foram mortas no atentado, que foi levado a cabo por Thenmozhi Rajaratnam.
Os Tigres da Libertação de Tamil Eelam, acusados de perpetrar o ataque, eram uma organização separatista do Sri Lanka. À época, a Índia tinha acabado de encerrar seu envolvimento, por meio da Força de Paz Indiana, na Guerra Civil do Sri Lanka.
A intervenção militar do governo de Gandhi, de julho de 1987 a março de 1990, na guerra civil que opôs o governo de Sri Lanka aos separatistas tâmeis levou ao seu assassinato, enquanto fazia campanha pela reeleição. Como ocorreu com o assassinato de sua mãe, Indira Gandhi, em 1984, sua morte suscitou um movimento de simpatia, levando o Partido do Congresso à vitória nas eleições legislativas de 1991.
Rajiv Gandhi, nascido em 20 de agosto de 1944 em Mumbai, foi o 6º primeiro-ministro da Índia. Assumiu a função em 31 de outubro de 1984, após o assassinato de sua mãe, tendo renunciado logo que perdeu as eleições legislativas de 2 de dezembro de 1989.
Rajiv pertencia à ‘dinastia’ dos Nehru-Gandhi. Era bisneto de Motilal Nehru, advogado riquíssimo e combatente pela independência da Índia, neto do primeiro-ministro Jawaharlel Nehru, filho da primeira-ministra Indira Gandhi (nascida Indira Nehru) e marido de Sonia Gandhi (nascida Sonia Maino), além de pai do vice-presidente do Partido, Rahul Gandhiet de Priyanka Gandhi. Seu pai era o jornalista e político Feroze Gandhi. Não tinha nenhum parentesco com Mahatma Gandhi.
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Rajiv Gandhi não tinha parentesco com Mahatma Gandhi
Quem foi Rajiv Gandhi?
Rajiv estudou na prestigiosa Doon School. Encontrou sua futura esposa Sonia enquanto estudava na Universidade de Cambridge, Inglaterra. Não pretendendo a princípio se dedicar a carreira política, tornou-se piloto de aviação da companhia Air Índia. Somente após a morte de seu jovem irmão Sanjay num acidente aéreo é que se tornou o delfim de sua mãe para assumir a chefia do Partido do Congresso.
Eleito deputado em 1981, na circunscrição anteriormente detida por seu irmão, Rajiv foi escolhido por seu partido como primeiro-ministro algumas horas após o assassinato da mãe, morta por dois de seus guarda-costas sikhs. Dois meses mais tarde, ganhou as eleições legislativas, valendo-se de uma onda de simpatia popular que se seguiu ao assassinato de Indira Gandhi.
Durante seu mandato de primeiro-ministro, levou certo dinamismo a uma função que só havia sido ocupada, antes dele, por pessoas de mais idade. Rompeu com a política de “países não alinhados” com nenhuma das superpotências de então, defendida pelo avô Nehru e pela mãe Indira. Deu início à liberalização da economia com a supressão da licença administrativa para as empresas, encorajou o desenvolvimento das telecomunicações e reforçou os laços da Índia com os Estados Unidos.
Gnadhi promulgou em 1985 uma lei antiterrorista a fim de fazer face aos problemas independentistas que agitavam a região do Pendjab. Seguindo as insistentes críticas e denúncias provenientes dos militantes dos direitos humanos esta lei foi revogada em 1995; as jurisdições de exceção, todavia, foram mantidas para julgar os casos em curso.
Seu governo foi maculado pelo Caso Bofors, segundo a sociedade sueca de mesmo nome. Este escândalo envolveu uma soma de mais de 40 milhões de dólares, que foi paga a políticos indianos, por intermédio do homem de negócios italiano Ottavio Quattrochi, próximo da família Gandhi, em troca de contratos que favoreciam ilegalmente a empresa sueca. O caso contribuiu para o fracasso do Partido do Congresso nas eleições de novembro de 1989.
Também nesta data:
1904 – É fundada a FIFA (Féderation Internationale de Football Association)
1927 – Charles Lindbergh completa o primeiro voo transatlântico sem escalas
1895 – Morre o compositor austríaco Franz von Suppé