A Exposição Internacional de Lisboa foi oficialmente inaugurada em 22 de maio de 1998 e se estendeu até 30 de setembro. O tema central foi Os Oceanos: Um patrimônio para o futuro.
Conhecida como EXPO 98, a mostra atraiu cerca de 11 milhões de visitantes. Parte do sucesso deveu-se à vitalidade cultural, exemplificada por seus cerca de 5.000 eventos musicais. Além disso, foram construídos para a ocasião diversos pavilhões integrados no Parque das Nações, destacando-se o Oceanário – o maior aquário do mundo, com a reprodução de cinco oceanos distintos e numerosas espécies de peixes e mamíferos.
A utilização pioneira de ferramentas de design para grandes projetos de arquitetura, engenharia e construção transformou a EXPO 98 em um caso de estudo internacional. A ideia de organizar uma Exposição Internacional em Portugal surgiu em 1989 por parte de Antônio Mega Ferreira e Vasco Graça Moura. Ambos estavam à frente da comissão para as comemorações dos 500 anos dos “descobrimentos portugueses”.
Uma vez obtido o apoio do governo, Mega Ferreira apresentou o projeto ao Bureau International d’Expositions e, para a surpresa de muitos, a candidatura de Lisboa ganhou de Toronto. Decidiu-se então construir a exposição na porção oriental de Lisboa, próxima ao rio Tejo, que assistia a uma degradação crescente. A zona de 50 hectares era, no fim dos anos 1980, um campo de contêineres, matadouros e indústrias poluentes. Tudo foi erguido do nada. A torre da refinaria da Petrogal, única estrutura conservada, ficou como lembrança do espaço.
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Exposição Internacional de Lisboa foi oficialmente inaugurada em 22 de maio de 1998 e se estendeu até 30 de setembro
Lá, edificaram-se grandes obras públicas, como a Ponte Vasco da Gama – a maior da Europa à data – e uma nova linha de metrô, com sete estações e uma interface rodoferroviária. Além disso, meses antes, a companhia suíça de relógios Swatch lançou o modelo Adamastor, que continha um chip carregado com bilhete de um dia. Para entrar, bastava encostar o relógio no sensor das catracas.
A EXPO 98 fechou as portas já ao nascer do dia 1º de outubro. Após permanecer fechada por 15 dias, reabriu já como Parque das Nações, recebendo no primeiro final de semana mais de 100 mil visitantes. O Oceanário, o Pavilhão do Futuro e o do Conhecimento dos Mares mantiveram as exposições até 31 de dezembro e depois foram sofrendo alterações.
Com o passar dos anos, muitas zonas do Parque das Nações foram sendo gradualmente vendidas para habitação e escritórios. No fim do processo de venda de terrenos, as receitas tinham superado o custo da exposição em oito vezes. Hoje, a zona oriental de Lisboa é o bairro mais moderno da cidade, concentrando áreas comerciais, culturais e de lazer com uma vista privilegiada do rio Tejo. A região atraiu uma série de instituições e empresas de grande nome, que aí basearam as suas sedes ou filiais.
Também nesta data:
337 – Morre o Imperador Constantino I, a tempo de receber o batismo
1875 – É inaugurado na Alemanha o Congresso de Gotha
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1972 – Richard Nixon volta à URSS em visita de estado