– Presidente Bolsonaro usou sua visita à Índia para voltar a proclamar a transferência da embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém. Em entrevista ao canal de televisão DD Índia ontem (26/01), o presidente disse “Eu acho que no próximo ano deveremos estar na posição para possivelmente transferir nossa embaixada para Jerusalém”.
– A visita de Bolsonaro à Índia no final de semana e seu encontro com o primeiro-ministro indiano Narendara Modi terminou com a assinatura de 15 acordos bilaterais. Ainda nos marcos do encontro, foi aberto hoje (27/01) o Primeiro Diálogo da Indústria de Defesa Brasil-Índia. A cooperação na área da defesa é um dos potenciais do estreitamento das relações do Brasil com o país asiático. Segundo o secretário de produtos de defesa do Ministério da Defesa, Marcos Degaut em entrevista à FSP, “a base industrial de defesa do Brasil quer ter acesso ao gigantesco mercado indiano e, por conseguinte, ao mercado asiático, além de formar parcerias estratégicas para desenvolvimento tecnológico, captar investimentos e desenvolver instrumentos de financiamento à exportação”. O Brasil exportou em produtos de defesa para a Índia em 2019 apenas 427 mil dólares, sendo que a Índia é o segundo maior importador desses produtos no mundo.
– A Palestina pode sair do Acordo de Oslo, que regulamenta hoje suas relações com Israel. A medida será tomada, segundo as autoridades palestinas, caso Trump anunciou seu “Plano de Paz” para o Oriente Médio. Há uma expectativa de que o governo dos EUA apresente detalhes do plano nos próximos dias. A construção do plano já dura dois anos, grande parte da demora para anuncia-lo tem a ver com o fato de que Netanyahu falhou em formar governo em Israel por duas vezes em 2019. A situação continua instável em Israel e para o anúncio do plano, Trump convidou para a Casa Branca os dois líderes que podem formar governo, o próprio Netanyahu e seu rival Benny Gantz. Desde o princípio, a Autoridade Palestina se colocou contra o plano, especialmente após Trump ter reconhecido Jerusalém como capital de Israel e ter deslocado para lá a embaixada dos EUA. Além disso, os EUA abandonaram seu apoio à solução de dois estados e deixaram de considerar os assentamentos israelenses em territórios ocupados como “inconsistentes com o direito internacional”.
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– Já são 81 as mortes registradas por coronavírus na China. O país também anunciou nesta segunda (27/01) que são 2761 os casos registrados, sendo 2744 na China e 17 nos territórios de Hong Kong, Macau e Taiwan. O mundo observa atentamente a grande mobilização que toda a China está promovendo na tentativa de barrar a difusão do vírus. Grandes eventos foram cancelados, transportes limitados, empresas com trabalho suspenso. Destaca-se a rapidez na construção de novas instalações hospitalares para atender os infectados na região de Wuhan, na província de Hubei onde a ação do vírus em humanos começou a ser registrada.
– O Fujimorismo pode ser o maior derrotado das eleições parlamentares no Peru no dia de ontem (26/01). Com 95% das urnas apuradas, o partido Fuerza Popular de Keiko Fujimori obteve 7,4% dos votos e pode fazer 20 parlamentares, quando antes tinha 73. O Peru tem uma cláusula de barreira de 5%, portanto várias forças ficaram de fora do parlamento. Mais de 25 milhões de peruanos estavam aptos a votar nestas eleições convocadas pelo presidente Martin Vizcarra após a dissolução do Congresso em setembro passado. Ao todo são 130 as cadeiras disputadas. O presidente Vizcarra não está afiliado a nenhum partido atualmente. O partido de direita Acción Popular por enquanto lidera com 11,8% dos votos válidos, seguido por Alianza para el Progreso, com 8,8%, Partido Morado, com 8,1%, Podemos Perú (7,4%), Fuerza Popular (7,1%), Somos Perú (7%), Frepap (7%), Unión por el Perú (6,2%), Frente Amplio (6,2%) e Juntos por el Perú (5%).
– Na Bolívia, uma pesquisa de opinião divulgada pelo jornal Pagina Siete dá 26% das intenções de voto para o candidato presidencial do MAS, o ex-ministro da economia, Luiz Arce. Na sequencia estão Carlos Mesa com 17% e Fernando Camacho também com 17%. A autoproclamada presidente Jeanine Añez está com 12%. O anúncio de Añez de que seria candidata, junto com um pedido de renúncia coletiva dos atuais ministros e ministras de seu governo autoproclamado gerou revolta no país que vive meses de profunda instabilidade desde o golpe que depôs o presidente Evo Morales da presidência do país em novembro passado.
– O Ministério de Relações Exteriores de Cuba emitiu uma nota no sábado (25/01) relativa ao anuncio do governo autoproclamado da Bolívia de rompimento das relações diplomáticas com a ilha. Na nota, o governo cubano “rechaça categoricamente as infundadas acusações do governo de fato boliviano” e acusa que “desde sua irrupção violenta no poder em 12 de novembro de 2019, membros do Governo de fato desse país desenvolveram ações sistemáticas para deteriorar e entorpecer as relações bilaterais com Cuba”. Na sequencia a nota detalha todos os episódios de hostilidade e agressão sofridos por diplomatas e profissionais médicos cubanos que se encontravam na Bolívia quando do golpe a Evo.
– O autoproclamado Guaidó da Venezuela foi recebido por autoridades do PSOE na Espanha, mas não pelo premiê Pedro Shanchez. Pedro Gómez, secretário de relações internacionais do PSOE o recebeu junto com Pablo Casado do partido espanhol de direita PP. O PSOE, que hoje governa a Espanha em aliança com o Podemos, tenta fazer um malabarismo sem tamanho para não ser associado ao governo de Maduro da Venezuela e para dizer que “apoia eleições livres na Venezuela” apertando a mão de Guaidó.
– No Iraque, cinco mísseis foram disparados contra a Embaixada dos EUA no país neste domingo (26/01). Segundo a AFP, três dos mísseis atingiram os edifícios da sede na capital Bagdad. Na sexta-feira (24/01) centenas de milhares de pessoas foram às ruas de Bagdad para defender a expulsão das tropas americanas do país. As palavras de ordem mais ouvidas eram “No, no, America”, “Death to America” e “Death to Israel”.
– Na França, seguem grandes as mobilizações contra o Projeto de Reforma da Previdência de Macron. As manifestações de sexta (24/01) foram ainda maiores que as de 16 de janeiro. Segundo pesquisas de opinião quase 2/3 dos franceses querem a retirada do projeto.
– O Chile completa essa semana 100 dias de mobilização popular. Hoje (27/01) e amanhã haverá manifestações estudantis durante a realização das provas de seleção universitária.
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