Uma imigrante hondurenha foi ameaçada com um facão por um agente do INM (Instituto Nacional de Imigração do México) ao tentar cruzar a fronteira do país com a Guatemala pelo rio Suchiate. A travessia, feita a nado ou com embarcações feitas com pneus e largas tábuas de madeira, tem origem em Tenosique, no Estado guatemalteco de Tabasco, em direção a Ciudad Hidalgo, no Estado mexicano de Chiapas. Entretanto, na maioria das vezes, o destino final são os Estados Unidos.
O caso, gravado em vídeo pelos moradores do povoado Boca del Cerro, em Tenosique, foi denunciado ao INM pelo presidente do Cdhuac (Centro de Direitos Humanos de Usumacinta) e da Casa do Imigrante da Paróquia de Cristo Crucificado, Fray Tomás González Castillo.
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Em resposta, a imigração mexicana suspendeu os agentes envolvidos. “Diante da denúncia de possíveis abusos cometidos pelos agentes migratórios, que efetuaram uma perseguição indevida a imigrantes sem documento neste final de semana, o INM os afastou dos respectivos cargos para agilizar as investigações sobre o caso e, posteriormente, os punir de acordo com o que for determinado”, diz um comunicado do Instituto.
Castillo, porém, exige que as autoridades mexicanas intervenham em todas as questões de abuso dos agentes migratórios, como sequestros, assaltos, extorsões e outras violações de direitos humanos dos imigrantes, que se intensificaram nas últimas semanas nas fronteiras do país.
Veja o vídeo do episódio:
“Fazemos um apelo às autoridades civis municipais, estatais e federais para que intervenham e freiem a delinquência organizada que opera na cidade de Tenosique”, disse o presidente do Cdhuac
A travessia entre Guatemala e México é um ponto estratégico para os imigrantes que querem chegar aos EUA. Entretanto, de acordo com o INM, dos 400 mil centro-americanos – em sua maioria cidadãos de Honduras, El Salvador, Guatemala e Nicarágua – que todos os anos tentam entrar por essa via nos EUA, somente 150 mil têm sucesso.
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