Sexta-feira, 23 de maio de 2025
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O chefe de campanha do republicano Donald Trump, Paul Manafort, renunciou ao posto nesta sexta-feira (19/08), dias após a mídia norte-americana divulgar um suposto recebimento de US$ 13 milhões de um partido pró-Rússia na Ucrânia.

“Nesta manhã, Paul Manafort ofereceu, e eu aceitei, sua saída da campanha”, afirmou o candidato do Partido Republicano à Casa Branca em comunicado, no qual elogiou o assessor.

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Agência Efe

Paul Manafort havia assumido posto de chefe de campanha de Trump há menos de dois meses

“Estou agradecido por seu grande trabalho em nos ajudar a chegar onde estamos agora, e em particular seu trabalho nos guiando através do processo de delegados e de convenção”, disse.

Na quarta-feira (18/08), a menos de três meses das eleições, Donald Trump anunciou a reformulação de sua equipe de campanha, escolhendo o presidente-executivo do site Breitbart e ex-banqueiro de investimento Steve Bannon para o cargo de executivo-chefe da campanha. Já Kellyanne Conway, conselheira e especialista em pesquisas para a campanha de Trump, foi promovida a gerente.

Manafort continuou como chefe de campanha, porém, de acordo com especialistas, as mudanças significaram um “rebaixamento” dele dentro da campanha.

Em entrevista à emissora Fox News nesta sexta-feira, o filho de Trump, Eric, afirmou que Manafort é “incrível”, mas que seu pai não queria ser “distraído por sejam lá com que coisas Paul esteja lidando”.

Manafort havia assumido o cargo há menos de dois meses no lugar de Corey Lewandowski, demitido por um suposto comportamento “hostil” contra a imprensa, segundo fontes norte-americanas.

Anúncio ocorre dias depois de mídia norte-americana divulgar que Paul Manafort teria recebido US$ 13 milhões procedentes de partido pró-Rússia em Kiev

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Na segunda-feira (15/08), uma matéria publicada pelo jornal The New York Times afirma que, segundo investigações ucranianas, Paul Manafort teria recebido, em um período de seis anos, quase US$ 13 milhões procedentes de um partido pró-Rússia em Kiev.

A informação consta em livros de contabilidade do Partido das Regiões do ex-presidente Viktor Yanukovich, para quem Manafort prestou assessoria.

Segundo a Promotoria ucraniana, os pagamentos a Mafort, escritos à mão entre 2007 e 2012, fariam parte de um sistema de contabilidade ilegal do partido de Yanukovich.

Por meio de seu advogado, Richard Hibey, Manafort negou ao The New York Times ter recebido os pagamentos e disse que as afirmações, as quais classificou como “suposições”, “muito provavelmente” estariam impregnadas de “interesses políticos”.