Dias depois de ser uma das estrelas da cúpula sobre o Novo Pacto Financeiro Global, a primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley, fez uma visita a Pequim, buscando fortalecer a relação entre os dois países.
A líder do país caribenho chegou à capital chinesa neste domingo (25/06) e foi recebida pelo seu homólogo, o premiê chinês Li Qiang, com quem manteve reunião bilateral.
Durante o encontro, Li e Mottley assinaram novos acordos de cooperação estratégica, que buscam incrementar o comércio e o apoio mútuo em políticas públicas entre China e Barbados.
A premiê barbadense disse que seu país “dá grande importância às relações com a China e esses acordos reforçam o comprometimento dos nossos governos em melhorar a vida das pessoas e promover o desenvolvimento sustentável”.
Por sua vez, o primeiro-ministro chinês ressaltou que “Barbados é um bom amigo e parceiro da China na região do Caribe, e é por essa confiança mútua que nosso governo está disposto a incrementar essa relação estratégica e aprofundar a cooperação em vários campos”.
Segundo a agência chinesa Xinhua, os acordos assinados pelos dois premiês resultariam em uma maior participação de Barbados na iniciativa do Cinturão e Rota, promovida por Pequim para ampliar o comércio com países aliados.
Xinhua
Mia Mottley foi recebida em Pequim por seu homólogo chinês Li Qiang, dias depois de participação destacada em cúpula de Paris
Entre os pontos mais relevantes entre as medidas acordadas está o compromisso da China em incentivar suas empresas a fazer mais investimentos em Barbados e importar maiores quantidades de seus produtos mais competitivos, além de prestar maior assistência ao desenvolvimento socioeconômico do país caribenho.
Sucesso em Paris
Na quinta-feira (22/06), em seu discurso na cúpula sobre o Novo Pacto Financeiro Global, que aconteceu em Paris, capital da França, Mottley fez um forte apelo a uma “transformação absoluta” e não uma simples reforma do sistema financeiro.
Em sua apresentação, a premiê barbadense disse que uma reforma das instituições existentes, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI), não resolverá a situação atual de crescente aumento da desigualdade no planeta.
“O que nos é exigido agora é uma transformação absoluta e não uma reforma das nossas instituições. Se o capital que está nos balanços das grandes empresas privadas ficar de fora da equação, não vamos resolver o problema”, ressaltou a primeira-ministra caribenha, em uma das intervenções mais aplaudidas do evento.
Mottley também enfatizou que a cúpula convocada pelo presidente francês Emmanuel Macron, “só marcará um ponto de inflexão nesse desafio se o desenvolvimento das nações de baixa renda puder avançar, em paralelo com uma luta real e profunda contra a pobreza, um maior investimento em energia limpa e o reforço das estruturas para que os países possam resistir às mudanças climáticas”.
Com informações de Xinhua.