Milhares de franceses protagonizam nesta quinta-feira (06/04) um novo dia de marchas e mobilizações contra a reforma da previdência promovida pelo presidente francês Emmanuel Macron.
Após o fracasso de um encontro dos sindicatos com a primeira-ministra Elisabeth Borne na cidade de Paris na última quarta-feira (05/04), a maioria dos manifestantes ratificou a intenção de manter as marchas e as convocações de greve.
Em relação ao décimo primeiro dia nacional de manifestações no país europeu, o secretário-geral da Confederação Democrática Francesa do Trabalho (CFDT), Laurent Berger, espera “uma grande participação dos filiados para mostrar um amplo repúdio à reforma da previdência”.
? #6avril, RDV dans la rue pour dire #64ansCestNon ! “Montrons une nouvelle fois notre rejet de cette #réforme et notre détermination à lutter de toutes nos forces. Maintenir le rapport de force est plus que jamais nécessaire.” @RicordeauYvan https://t.co/RzIR0KtS9E #manif6avril pic.twitter.com/7ms3wHb59v
— CFDT (@CFDT) April 6, 2023
As autoridades francesas esperam entre 600.000 e 800.000 manifestantes, num contexto em que se verificam greves no serviço de transportes públicos, escolas e refinarias nas principais cidades de França.
Twitter/CFDT Île-de-France
Sindicatos acusaram governo francês de ignorar reivindicação popular
Durante o encontro com Borne, os sindicatos acusaram o governo francês de ignorar a reivindicação popular e manifestaram o seu repúdio às alterações ao sistema de reformas.
O 11º de mobilização ocorre pouco mais de uma semana após o Conselho Constitucional da França (CC), que tem como função fiscalizar a aplicação da Constituição do pais, se pronunciar contra a validade da reforma da previdência, que foi aprovada pelo governo sem concluir o processo legislativo.
Apesar do descontentamento social, o governo francês se recusa a retirar sua reforma que aumenta a idade de aposentadoria para 64 anos até 2030 e antecipa para 2027 a exigência de contribuir 43 anos para receber uma pensão completa.
(*) Com TeleSUR