Atualizada às 11h40
Após as violações do cessar-fogo entre o governo ucraniano e os manifestantes armados que atuam no leste do país, os líderes de França, Alemanha, Rússia e Ucrânia acertaram “aplicar com rigor” a medida prevista no acordo de Minsk do dia 12.
François Hollande, Angela Merkel, Vladimir Putin e Petro Poroshenko fizeram na manhã desta quinta-feira (19/02) uma reunião por telefone na qual foram tratadas as denúncias de ruptura do cessar-fogo e suas consequências, segundo um comunicado da Presidência francesa.
Agência Efe
Civis em refúgio à prova de bombas durante simulação de atuação em caso de bombardeio em área onde vivem civis em Mariúpol
“As rupturas do cessar-fogo dos últimos dias foram denunciadas” durante a reunião, que aconteceu depois que o Exército ucraniano se viu obrigado a deixar o enclave de Debaltsevo perante a pressão dos separatistas do leste ajudados, segundo Kiev, por Moscou.
A Rússia, por sua vez, sustenta que a ofensiva sobre essa cidade é justificada já que não entra dentro da linha de frente, pois ela fica em uma área sob controle dos separatistas.
Perante estes fatos, os quatro dirigentes que propiciaram os acordos de Minsk, estabelecendo um cessar-fogo a partir do domingo passado, acertaram “aplicar com rigor a totalidade do pacote de medidas” previstas nesse pacto.
Agência Efe
Ações deixaram mais de uma dezena de mortos e diversas pessoas feridas
Entre elas, insistiram, o cessar-fogo deve ser aplicado “em toda a linha de frente sem exceção” e que o processo de libertação dos prisioneiros deve ser acelerado.
Debaltsevo
O líder da autoproclamada República Popular de Donetsk, Alexander Zakharchenko, anunciou hoje que as milícias concluíram a operação militar em Debaltsevo, no leste da Ucrânia, e que não há mais efetivos ucranianos no local.
“Terminamos a operação de limpeza de Debaltsevo de formações armadas ilegais”, disse Zakharchenko em alusão às tropas do governo de Kiev, citado pela agência DAN.
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Ele acrescentou que, “infelizmente, as autoridades ucranianas não atenderam aos pedidos para que entregassem as armas”.
Segundo o presidente ucraniano, “as unidades saíram de maneira ordenada, com todo seu armamento, com carros de combate, blindados, peças de artilharia e veículos de transporte”.
A cidade contém um estratégico nó ferroviário e é o principal ponto de divergência entre as partes desde a cúpula de Minsk.
Os separatistas afirmam que a cidade faz parte de seu território, enquanto Kiev considera que, em virtude dos acordos de setembro de 2014, Debaltsevo deve permanecer sob controle governamental.
(*) com agência Efe