A Argentina quitará parte de sua dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI) com uma quantia em yuan, moeda chinesa, nesta sexta-feira (30/06), segundo informou Gabriela Cerruti, porta-voz do governo.
A representante salientou em conferência de imprensa que “será efetuado o pagamento ao FMI de 2.700 milhões de dólares relativos ao segundo trimestre, parte em Direitos Especiais de Saque (DES) do Tesouro [reserva no próprio FMI] e parte em yuan”.
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A porta-voz oficial sublinhou que “com o pagamento ao FMI, cumpre-se o compromisso de que a acumulação de reservas do Banco Central não será colocada em risco”.
O Estado argentino tem uma conta em yuans após a renovação de um acordo de câmbio com a China neste ano.
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Gabriela Cerruti, porta-voz da Presidência Argentina, afirmou que parte da dívida será paga em yuan e parte com reserva no Fundo
Embora a atividade econômica do país latino-americano cresça pelo terceiro ano consecutivo, com um aumento de 1,3% em relação ao mesmo período do ano passado, dados do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (INDEC) indicam que sua economia enfrenta uma inflação superior a 110% e uma taxa de pobreza de 40%.
A dívida vence também nesta sexta-feira, e especialistas apontam que a economia argentina deve diminuir mais de 3% até o final de 2023, com uma taxa de inflação de 114%, a mais alta em três décadas.
Por sua vez, o ministro da Economia da Argentina e pré-candidato à Presidência da Argentina com apoio da vice-presidente Cristina Kirchner, Sergio Massa, anunciou um novo acordo com o FMI na última terça-feira (27/06), o qual ainda não foi confirmado. As negociações com a agência internacional de empréstimos se arrastaram por semanas para finalizar em um acordo de US$ 44 bilhões.
O crédito original chegava a 57 bilhões de dólares, contratado durante o governo de Mauricio Macri (2015-2019), mas depois de chegar ao poder, o presidente Alberto Fernández pediu ao FMI que cancelasse o restante dos desembolsos.
(*) Com TeleSUR