O governo argentino do presidente Mauricio Macri solicitou nesta terça-feira (28/08) a liberação de US$ 3 bilhões ao Fundo Monetário Internacional (FMI), dando continuidade ao acordo de empréstimo. A informação foi dada pelo ministro da Fazenda, Nicolás Dujovne.
Pelo acordo, que deve durar quatro anos e vai até junho de 2020, será liberado um total de US$ 50 bilhões. Há dois meses, o FMI repassou a primeira remessa, no valor de US$ 15 bilhões. O ministro da Fazenda confirmou também que houve um pedido do governo ao FMI para mudar o aspecto referente à dívida do Tesouro Nacional e do Banco Central da Argentina.
Dujovne também mencionou a queda de 1% que a economia do país deve sofrer em 2018, somada também à seca no setor agrário, mas estimou um crescimento de 1,5% no próximo ano. Em junho, a economia argentina registrou queda de 6,7% de acordo com o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).
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Metas fiscais são grande desafio do governo Macri no segundo semestre (Wikipedia Commons/Reprodução)
O Ministro também confirmou a proposta da equipe econômica feita ao FMI, que consiste em retirar do acordo um cronograma para a recompra de títulos do Tesouro do Banco Central.
Acordo e novas tarifas
O pacto com o FMI, feito em junho, prevê um empréstimo de US$ 50 bilhões ao longo de três anos. Em troca, o governo Macri se compromete a reduzir o déficit fiscal primário a 2,7% do PIB de 2018 e a 1,3% do valor do produto de 2019.
Outra meta do governo em contrapartida ao repasse é manter a inflação acumulada do ano abaixo de 32%. O ministro disse que a obrigação fiscal é a principal. Representantes do Fundo estiveram em Buenos Aires na última semana para garantir o cumprimento das medidas acordadas.
Por conta do aumento de tarifas, centrais sindicais temem novas manifestações. Somente desde o começo do mês, a tarifa de luz foi reajustada em 24,4%, enquanto passagens de ônibus subiram cerca de 6%.
Com Agência Brasil