A polícia da Argentina prendeu na noite da última segunda-feira (12/09) uma terceira pessoa suspeita de participar do ataque contra a vice-presidente do país, Cristina Kirchner, informam os jornais Clarín e La Nación nesta terça-feira (13/09).
Conforme as duas publicações, trata-se de uma amiga de Brenda Uliarte, namorada do autor da tentativa de assassinato, o brasileiro Fernando Sabag Montiel. Todos os três estão presos e as investigações sobre a participação de mais pessoas seguem em andamento.
O Clarín afirmou que fontes ligadas ao processo informaram que a detenção ocorreu no bairro San Miguel e foram realizadas após terem sido encontradas mensagens de “conteúdo forte e importante” no celular da suspeita. A mulher teria enviado os textos para Brenda horas após o atentado. Já o La Nación acrescenta que ela “era uma pessoa de extrema confiança de Brenda”.
Também na segunda-feira, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou que trocas de mensagens entre Montiel e Uliarte, apontam que ele era o próximo alvo do casal.
Segundo declaração dada pelo presidente durante entrevista ao canal espanhol Telecinco, o casal planejou assassinar Kirchner, além de conversarem que o chefe de Estado argentino seria a próxima vítima.
“Conhecemos as conversas dos culpados. E falavam do atentado falido contra Cristina e falavam que o próximo seria eu”, declarou Fernández.
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Ataque fracassado ocorreu em 1º de setembro em Buenos Aires, quando Cristina se dirigia a diversas pessoas que estavam ali para saudá-la
O ataque fracassado contra Cristina ocorreu no dia 1º de setembro, na frente do prédio em que mora em Buenos Aires. Na ocasião, ela falava com apoiadores quando o brasileiro fez dois disparos à queima-roupa contra o rosto da vice-presidente. A arma, porém, falhou.
De acordo com o líder da Argentina, o brasileiro “não tem nenhuma alteração em suas faculdades mentais e compreende perfeitamente a criminalidade de seu ato”.
“Pode ser uma pessoa zangada com a democracia, mas, uma pessoa zangada com a democracia não pode reagir desta forma”, acrescentou.
O ataque fracassado ocorreu no dia 1º de setembro em Buenos Aires, quando Cristina se dirigia a diversas pessoas que estavam ali para saudá-la. O brasileiro chegou a apertar o gatilho por duas vezes a menos de um metro de distância do rosto da vice-presidente, mas a arma falhou e não disparou.
Ele foi detido com a ajuda dos próprios apoiadores de Cristina, que o imobilizaram. As investigações ainda apontaram que o plano inicial era realizar o ataque no dia 27 de agosto, mas a ideia foi abortada.
(*) Com Ansa