Aviões russos bombardearam nesta sexta-feira (02/10) posições do EI (Estado Islâmico) próximas à cidade Palmira. Considerado patrimônio histórico da humanidade, o local está sob controle do grupo extremista sunita há meses.
Nas últimas horas, a ofensiva russa também teve como alvo depósito de armas e uma base do EI em Homs, confirmou à Agência Efe o governador da província, Talal al-Barazi.
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Avião Su-24 — Fencer na terminologia da Otan — acabou com dezenas de veículos militares e armamento pesado dos jihadistas na Síria
Hoje é o terceiro dia de bombardeios das Forças Aéreas da Rússia, realizados a pedido do presidente sírio, Bashar al Assad, no país árabe. Trata-se de uma das maiores intervenções militares russas em décadas no Oriente Médio.
Segundo o porta-voz do Kremlin, Alexei Pushkov, os ataques na Síria vão durar “três ou quatro meses”, dependendo de sua intensidade, mas reconheceu que existe “um risco de estagnação”.
“A coalizão norte-americana realizou bombardeios durante um ano, mas sem resultados. No entanto, se as operações forem feitas de maneira eficaz, os resultados chegarão”, afirmou nesta sexta, acrescentando que somente 20% dos ataques dos EUA obtiveram resultados.
EFE
Apesar das críticas de potências ocidentais, Putin garante que ofensiva tem intuito de 'destruir apenas 'terroristas'
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Nas últimas 72 horas, os aviões russos já destruiram centros de comando e campos de treinamento no território sírio em ao menos 30 missões de voo. De acordo com o general Igor Konashenkov, porta-voz militar, foram destruídas posições do EI principalmente no norte da Síria, nas províncias de Aleppo e Al Raqqah.
A investida, entretanto, é criticada por governos ocidentais – como EUA e França – bem como por alguns grupos de direitos humanos, que já denunciaram que os ataques têm atingido civis também, embora o número de vítimas ainda não esteja claro.
Por sua vez, o presidente russo, Vladimir Putin, já assegurou nos últimos dias que todos os ataques têm o intuito de destruir exclusivamente os milicianos do EI e de outros grupos terroristas em atividade no país. Além disso, frisou que a ofensiva é realizada a pedido pessoal de Assad.
Nesta sexta, sete países (Turquia, EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Arábia Saudita e Catar) divulgaram um comunicado no qual exigem da Rússia que pare com os bombardeios contra a oposição síria e a população civil.
Carlos Latuff/ Opera Mundi