Atualizada às 19h27
Uma semana após o naufrágio de Lampedusa, no sul da Itália, em que mais de 300 pessoas sem documentos morreram, outro navio com imigrantes afundou perto da região, no canal da Sicília. Ao menos 250 pessoas estariam no barco. Dois navios da Marinha italiana, acompanhados de helicópteros, estão no local socorrendo as vítimas. Acredita-se que cerca de 50 pessoas morreram, entre as quais dez crianças, de acordo com o Corriere della Sera, mas apenas 33 corpos foram retirados do mar até agora.
Segundo o jornal, 150 pessoas foram resgatadas por um navio maltês (entre as quais 17 crianças) e outras 56 (nove crianças entre elas) estão em um navio da Marinha italiana. A agência de notícias Adnkronos fala de outras 15 pessoas resgatas por um barco de pesca que estava no local e ajudou a socorrer as vítimas. Entre os salvos, estão dez crianças, que embarcaram em um helicóptero rumo à ilha de Lampedusa.
“Parece que um barco virou e agora está afundando. Dois dos nossos navios foram para lá”, afirmou uma fonte da Marinha à agência de notícias Reuters. “Pelo menos 200 pessoas estariam no mar. Dois helicópteros as estão socorrendo”, acrescentou. Segundo a agência italiana Ansa, já foram avistados cadáveres no mar. O barco teria naufragado entre Malta e a ilha de Lampedusa, no Mar Mediterrâneo.
Na última quinta-feira (03), uma embarcação com 500 imigrantes afundou, deixando mais de 300 deles mortos. Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), 32 mil imigrantes chegaram à Itália e a Malta somente neste ano, expondo uma crise de migração caracterizada por milhares de pessoas chegando a esses países em barcos pequenos e inseguros.
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O premiê italiano Enrico Letta e o maltês, Joseph Muscat, conversaram por telefone e concordaram quanto à necessidade de levar a questão da imigração para o Conselho Europeu. “Nós somos a fronteira europeia, não é um problema só nosso, é da Europa inteira”, afirmou Muscat, segundo o jornal Malta Today.
*Com informações do Corriere della Sera