Em pronunciamento ao país realizado nesta sexta-feira (13/10), o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou que a ofensiva militar do país à Faixa de Gaza “está apenas começando” e prometeu “erradicar” o Hamas da cidade.
Segundo o premiê, “os inimigos de Israel irão se encontrar nos próximos dias com uma força sem precedentes”.
“Não vou detalhar agora o que está para vir, mas gostaria de dizer a todos os meus compatriotas que este é apenas o começo. Vai levar tempo, mas nós vamos conseguir a vitória, e vamos sair deste momento mais fortes do que nunca”, acrescentou Netanyahu.
No pronunciamento, o premiê garantiu que a operação militar lançada por Israel “conta com o apoio da comunidade internacional”, mas citado nominalmente apenas três desses aliados: os Estados Unidos, o Reino Unido e a União Europeia.
Human Rights Watch
Mísseis israelenses deixam rastro de fumaça antes de atingirem alvos civis no Centro de Gaza
Segunda Nakba
Enquanto isso, a Autoridade Nacional Palestina (ANP) tem reforçado que a ordem de evacuação de Gaza dada pelo governo israelense pode ser transformar em uma segunda Nakba.
A palavra “Nakba” (que significa “catástrofe” em idioma árabe) é usada para se referir ao grande êxodo palestino de 1948, quando mais de 700 mil pessoas foram obrigadas a abandonar o território para permitir a criação do Estado de Israel.
O primeiro a usar o termo foi o líder da ANP, Mahmoud Abbas, logo após uma reunião com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken. “Para defender a segurança e a paz da população palestina é preciso frear as agressões de Israel, e não obrigar palestinos a abandonar sua terra”, ressaltou o mandatário árabe.
O Ministério de Relações Exteriores da ANP publicou uma nota dizendo que “a ameaça feita pelo governo de Israel desafia as regras da guerra e os princípios básicos de humanidade, afetando a vida de milhões de pessoas”.