O presidente boliviano, Evo Morales, assinou hoje (10) um contrato de compra de seis aviões chineses, destinados à luta antidrogas no país. Em discurso pronunciado na Escola de Aeronáutica da Força Aérea Boliviana, em ocasião de seus 52° aniversário, o presidente negou que estejam implicados objetivos armamentistas na compra das aeronaves.
“Esta compra não agride ninguém, não é para uma guerra. Lamento muito que alguns questionem a compra de aviões, sabemos das necessidades que tem as Forças Armadas”, declarou o presidente em discurso.
Morales disse que o contrato aprovado na semana passada permite que seu governo compre seis aeronaves K-8 da China, dois motores, um simulador de vôo propício para o avião e um sistema de veículo de prova KTS-2000W. Também, um sistema de instrução ultimidia interativo, fornecimento inicial de peças de reposição para ferramentas e equipamentos, treinamento de pessoal para a Força Aérea, montagem manual e suporte técnico, frete e seguro de transporte de mercadorias.
Corrida armamentista
O mandatário fez questão de falar que “algumas autoridades de países vizinhos ” não tem razão ao afirmar que aqueles aviões possam fazer parte de uma corrida armamentista. E lembrou que ano passado, ao tentar comprar máquinas de fabricação tcheca, foi impedido pelos Estados Unidos, que alegaram que estes levavam tecnologia norte-americana , portanto poderiam vetar a venda.
Morales evidenciou que nos quase quatro anos de poder, é possível perceber que é necessário que o país se arme para poder lutar com mais eficácia contra o narcotráfico. O presidente ainda recordou que o tema não é de competência e interesse exclusivo de seu país, mas de responsabilidade mundial, reiterando seu pedido de ajuda.
“Este problema do narcotráfico afeta a democracia, a sociedade, a vida humana e por isso todos, civis, militares, policiais e todas as instituições do Estado e todas as forças sociais da Bolívia, deveríamos debater seriamente para enfrentar o tema do narcotráfico”, declarou Morales.
NULL
NULL
NULL