Sábado, 19 de julho de 2025
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A prisão de Luis Fernando Camacho continua causando consequências na Bolívia. A noite desta quinta-feira (29/12) voltou a registrar ataques de militantes do partido do Comitê Cívico [principal legenda de direita do país, liderada pelo próprio Camacho] contra prédios públicos.

Na manhã desta sexta-feira, o governo boliviano divulgou imagens dos destroços no edifício da Autoridade Florestal e Territorial [ABT, segundo sua sigla em espanhol], e no de Impostos Nacionais [organismo similar à Receita Federal no Brasil], ambos na cidade de Santa Cruz de la Sierra, capital do departamento de Santa Cruz, cujo governador é o próprio Camacho.

Também houve ataques à sede do canal de televisão estatal Entel, também na cidade de Santa Cruz de la Sierra.

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A imprensa local informa que os vândalos utilizaram pedras e bombas molotov. Em alguns casos foram produzidos incêndios nos locais atacados.

Edifícios da Autoridade Florestal e da Impostos Nacionais foram alvos de ataques com pedras e bombas molotov dos militantes do direitista Comitê Cívico

Abya Yala TV

Destroços na sede do canal estatal de televisão Entel, na Bolívia

A juventude do Comitê Cívico chegou a publicar um comunicado dizendo que “está declarada a greve cívica departamental a partir das zero horas desta sexta-feira, 30 de dezembro”. A mensagem afirma que a revolta se manterá de pé até Camacho ser libertado.

Camacho foi preso nesta quarta-feira (28/12) por sua participação como um dos líderes do golpe de Estado de novembro de 2019, quando grupos de direita e as Forças Armadas se aliaram para derrubar o governo legitimamente eleito de Evo Morales.

No dia 11 de novembro de 2019, Camacho encabeçou a realização de atos de vandalismo contra prédios públicos em La Paz, sendo que ele mesmo participou do principal ataque, a invasão do Palácio Quemado, sede do Poder Executivo da Bolívia.

(*) Com informações de TeleSUR