No Fórum de Ministros da Agricultura, que ocorreu no megaevento Expo Milão 2015, o Brasil foi um dos signatários da Carta de Milão, documento apoiado por diversos líderes mundiais que estabelece a segurança alimentar e o incentivo a programas sociais contra a fome como principais focos.
O fórum reuniu autoridades ONGs e especialistas em agricultura e alimentação do mundo todo na Expo 2015, a Feira Mundial, que, nesta edição, tem a alimentação como principal tema.
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Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Ex-presidente Lula fez discurso de encerramento do Fórum de Ministros da Agricultura, na Expo Milão 2015
O documento ainda defende o acesso à água, alimentos saudáveis e energia para a população mundial. Temas como desenvolvimento sustentável, fomento à agricultura responsável, redução de desigualdades nas áreas urbanas e respeito à identidade sociocultural que determinados alimentos fornecem são quatro pontos centrais da Carta de Milão, assinada na última sexta-feira (05/06) pela ministra brasileira do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.
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“O grande mérito da superação da fome no Brasil é que o combate à subalimentação deixou de ser uma questão filantrópica para ser o centro das políticas públicas”, destacou a ministra, lembrando que, desde 2002, o Brasil reduziu em 82% o número de subalimentados.
Ex-presidente
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também esteve presente no evento, e foi o responsável pela palestra de encerramento do Fórum de Ministros da Agricultura na Expo Milão 2015. Lula defendeu que os governos nacionais assumam sua responsabilidade no combate à fome, e uma estratégia integrada entre proteção social e apoio à agricultura.
Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Expo 2015, a Feira Mundial, foi realizada neste ano em Milão; megaevento tem como tema a alimentação
No dia seguinte, sábado (06/06), o tema da fome também foi pauta em outro encontro de líderes mundiais — desta vez em Roma, na 39ª Conferência da FAO, o órgão da ONU (Organização das Nações Unidas) para a Alimentação e a Agricultura, ocasião em que ficou a cargo de Lula fazer o discurso de abertura.
Junto com o presidente da Itália, Sergio Mattarella, o recém reeleito secretário-geral da FAO, o brasileiro José Graziano, e a presidente do Chile, Michelle Bachelet, Lula comemorou o fato de que o Brasil tenha cumprido a meta de reduzir pela metade o número de pessoas que sofrem com a fome, ressaltando que o feito só foi possível graças às políticas sociais.
“Pela primeira vez, há uma geração de brasileiros que cresce sem conhecer o drama da fome”, afirmou o ex-presidente, acrescentando que “a fome não é um fenômeno natural, mas um fenômeno social que é resultado de um desequilíbrio nas estruturas econômicas dos países”.
Segundo Lula, o Brasil “mostrou que é possível vencer a batalha contra a fome”, algo que alcançou por transformar a luta contra a pobreza “em uma política de estado” e por “garantir um orçamento público para isso”.
* Com informações da Agência Efe, Rede Brasil Atual e Jornal do Brasil