O Brasil votou nesta quarta-feira (22/05), em Genebra, contra uma resolução da Organização Mundial da Saúde, que exigia que Israel garantisse serviços de saúde aos palestinos em territórios ocupados.
O texto apresentado listava garantias que Israel deve manter em relação ao acesso de serviços de saúde aos palestinos, e acabou sendo aprovado por 96 votos contra 11. O documento também denuncia as dificuldades que os moradores de territórios ocupados sofrem quando precisam cruzar as fronteiras para serem atendidos em hospitais israelenses, além de relatar vetos de Israel na importação de algumas vacinas.
O voto a favor do governo israelense evidenciou uma mudança de posição do Brasil, que, antes de Jair Bolsonaro assumir o poder, normalmente votava a favor de resoluções que beneficiavam os territórios palestinos ocupados.
Depois de votar, a embaixadora do Brasil no Conselho de Direitos Humanos da ONU, Maria Nazareth Farani, disse que Brasília reconhece “os desafios relacionados à saúde nos territórios ocupados e estamos dispostos a manter nosso engajamento positivo”.
“O Brasil considera que a constituição da OMS d´á um mandato amplo para acompanhar a situação de saúde em qualquer região do mundo, diante de critérios técnicos e da realidade objetiva no local”, afirmou Farani. “Por esse motivo, o Brasil não estava em condições de apoiar a decisão proposta”, disse
Entre os que votaram contra, além do Brasil, estão Austrália, Estados Unidos, Hungria, Israel, República Tcheca e Reino Unido.
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Brasil foi contra resolução na OMS que exite ao governo israelense garantir serviços de saúde aos palestinos.