Os chefes de Estado e de governo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) pediram neste domingo (15/11) à comunidade internacional que demonstre unidade e coperação perante a ameaça terrorista.
O pedido vem após uma onda de atentados em Paris, que mataram 129 pessoas e feriram 352, segundo o último balanço oficial das autoridades francesas, durante ações coordenadas em seis localidades na capital na sexta-feira (13/11), incluindo o Stade de France e a casa de shows Bataclan.
EFE
Da esquerda para direita: Dilma (Brasil), Modi (Índia), Putin (Rússia), Jinping (China) e Zuma (África do Sul)
Os líderes das potências emergentes, que representam cerca de 29% da economia mundial e somam 42% da população do planeta, se encontraram em Antalya, na Turquia, para participar da cúpula do G20. Os principais temas da reunião de alto nível que começa na tarde domingo devem ser a luta contra o terrorismo e a crise humanitária de refugiados.
“Sabemos bem que só é possível vencer a ameaça terrorista e ajudar milhões de pessoas que ficaram sem lar unindo os esforços de toda a comunidade internacional”, afirmou o presidente russo, Vladimir Putin, ao início do encontro.
Já a mandatária brasileira, Dilma Rousseff, ofereceu solidariedade à França em nome dos Brics. “Estas atrocidades tornam mais urgente uma ação conjunta de toda a comunidade internacional no combate sem descanso contra o terrorismo”, falou.
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Por sua vez, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, destacou que “a humanidade inteira deve estar unida perante a ameaça terrorista”. Para Modi, um esforço coordenado neste sentido “também tem que ser uma prioridade para os Brics”.
Para o presidente chinês, Xi Jinping, os atentados em Paris foram “covardes”. Ele prometeu que seu país vai melhorar “a cooperação para lutar contra o terrorismo em todas suas manifestações”.
Por último, o chefe de Estado sul-africano, Jacob Zuma, presidente da África do Sul, compartilhou as palavras dos demais líderes, mas advertiu que os atentados de Paris não devem ser relacionados aos refugiados.
“Aqueles que buscam paz e uma vida melhor não devem ser assinalados devido a estes atentados”, pediu Zuma, reforçando que “estes ataques não significam que todos os refugiados são terroristas.