Atualizado às 18h25
A França e os Estados Unidos vão intensificar ataques e coordenações militares contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque, anunciou neste domingo (15/11) o assessor de Segurança Nacional dos EUA, Ben Rhodes, reportou a AFP.
EFE
Soldado patrulha a Torre Eiffel, no centro de Paris: capital permanece sob estado de emergência
“Os franceses têm estado conosco no Iraque e na Síria, conduzindo ataques aéreos. Queremos continuar a intensificar essa coordenação”, explicou Rhodes à emissora norte-americana ABC, em meio à cúpula do G20 na Turquia.
O anúncio vem um dia após o grupo extremista sunita reivindicar autoria da onda de atentados que ocorreu na última sexta-feira (13/11) em Paris, que resultou em 129 mortos e 352 feridos, segundo o último balanço das autoridades francesas. Os ataques à mão armada e as explosões suicidas ocorreram em seis localidades diferentes da capital francesa.
A declaração também vem horas depois de o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, afirmar no fim da tarde de sábado (14/11) que a França vai manter sua intervenção na Síria para atacar alvos do Estado Islâmico.
No sábado (14/11), a coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos realizou 18 ataques contra a organização jihadista no Iraque e na Síria, informaram militares norte-americanos neste domingo à Reuters.
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Segundo a Procuradoria-Geral da França, os atentados parecem ter sido feitos por três equipes. “Nós podemos dizer neste estágio das investigações que houve provavelmente três times coordenados de terroristas por trás desses atos de barbárie”, explicou o procurador-geral, François Molins.
Na manhã de sábado, o Estado Islâmico afirmou em comunicado em francês e em árabe que culpa a França por 'insultar o profeta, lutar contra o islã e atacar muçulmanos no Califado com seus aviões', em referência a ataques aéreos na Síria. Segundo a organização terrorista, Paris ainda é o seu “principal alvo”.
Ainda ontem, o presidente francês, François Hollande, declarou que se trata de um “ato de guerra” do Estado Islâmico e que seu país teria uma resposta “implacável” a essas ações. Na noite anterior, o chefe de Estado já havia decretado estado de emergência e fechamento de fronteiras.
EFE/Arquivo
Policiais, na sexta (13/11) param um suspeito na rua na tentativa de manter controle durante atentados na capital francesa