A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira (31/10) uma resolução que define os trâmites legais para a condução do processo de impeachment contra o presidente Donald Trump, formalizando o inquérito que pode derrubar o republicano.
Por 232 votos contra 196, a proposta apresentada pelo Partido Democrata estabelece as regras e procedimentos sob as quais o inquérito será conduzido daqui para frente. Isso inclui fatores como apresentação de provas, audiências públicas com testemunhas e delimita as ações da defesa do presidente norte-americano no caso.
A decisão da Câmara vem logo após o depoimento do tenente-coronel Alexander Vindman ao Congresso que confirmou as conversas de Trump com o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, e elevou a tensão em torno do caso.
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O presidente dos EUA é acusado de pedir ao recém eleito mandatário ucraniano que investigasse um dos filhos do democrata Joe Biden, um dos principais candidatos as prévias dos democratas. Em troca, Trump teria prometido liberar uma ajuda militar à Ucrânia de US$ 391 milhões.
White House/Flickr
Decisão da Câmara abre caminho para apresentação de provas e audiências públicas com testemunhas
Segundo Vindman, especialista em Ucrânia no Conselho de Segurança Nacional (NSC, na sigla em inglês), ele ouviu a conversa telefônica entre o mandatário norte-americano e Zelensky e ficou preocupado com as “exigências” feitas por Trump para atingir o rival democrata.
‘Perseguição’
Mesmo antes da votação na Câmara, Donald Trump já havia se manifestado sobre a resolução. Pelo Twitter, o presidente afirmara que “a farsa do impeachment está afetando nosso marcado de ações”. “Os democratas que não fazem nada não se importam”, disse.
Após a aprovação da medida, o mandatário apenas classificou como “a maior caça às bruxas da história americana”.