A União dos Jovens Comunistas (UJC) de Cuba e estudantes de diversas instituições da ilha foram às ruas de Havana nesta quinta-feira (05/08) na caravana “Vitória Popular” para defender a Revolução Cubana e rechaçar as ingerências contra o país.
Organizada pela UJC, milhares de pessoas ocuparam as ruas da capital da ilha caribenha declarando que a marcha foi uma manifestação “pela paz, o amor e a solidariedade” ao governo de Cuba.
Para dar início ao percurso, a caravana começou às 9h (10h no horário de Brasília) de La Chorrera, em Havana, até o Parque 12 de Marzo, também na capital. Os manifestantes participaram acompanhando o circuito em bicicletas, motocicletas, carros e outros meios agitando bandeiras e entoando palavras de ordem.
Fora das ruas, na internet, os cubanos também expressaram apoio à Revolução usando hashtags como “#VictoriaPopular”, “#PonleCorazón”, “#TúEreselPresente” entre outras. Segundo a organização, os “tempos difíceis” são “aqueles que mostram a grandeza dos povos e de Cuba”. “Esta pequena ilha é gigantesca face às dificuldades. A solidariedade do povo nos permitirá superar e fortalecer nossa unidade”, afirmou a UJC pelo Twitter.
Ao final da caravana, estudantes universitários de diversos centros de ensino superior de Havana realizaram na Praza 12 de Marzo, e em outros pontos centrais da cidade, feiras comunitárias.
A caravana desta quinta coincide com o 27º aniversário dos acontecimentos de 5 de agosto de 1994, quando um grupo de cidadãos cometeu atos de violência e vandalismo nas ruas do litoral de Havana. Naquela época, o líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, compareceu ao local onde ocorreram os distúrbios e, junto com o povo mobilizado, fez com que fracassasse a tentativa de desestabilização do processo revolucionário.
Reprodução/ @BrunoRguezP
Cubanos participaram da caravana em bicicletas, motocicletas e carros agitando bandeiras da ilha
Nas últimas semanas, pelas redes sociais, grupos contrários à Revolução convocaram mobilizações na intenção de repetir os acontecimentos de 27 anos atrás e os motins de julho passado, quando o governo registrou protestos contrarrevolucionários em algumas regiões da ilha.
As autoridades cubanas têm continuamente denunciado que o país é objeto de uma guerra midiática, econômica e política, na qual se promove o cenário das redes sociais para incitar à violência, além de distorcer a realidade por meio da divulgação de notícias falsas.
Segundo o ministro das Relações Exteriores cubano, Bruno Rodríguez, o governo dos Estados Unidos esteve diretamente envolvido nos distúrbios de julho por meio da instigação e financiamento de manifestantes.
Para Rodríguez, houve uma “operação de comunicação em grande escala” para desestabilizar a ilha e reforçarem protestos liderados por oposicionistas, afirmando que os EUA aproveitaram a pandemia da covid-19 para executarem suas ações.
Cuba vive sua terceira onda da pandemia. Além disso, a ilha sofre com um aperto do bloqueio econômico norte-americano e uma crise financeira que o impede de adquirir suprimentos médicos e alimentos.
Devido tais restrições, os governos do México, Bolívia e Rússia enviaram toneladas de ajuda humanitária ao país na última semana.
(*) Com Telesur.