As partes em conflito no Iêmen comprometeram-se a tomar medidas rumo a um cessar-fogo e a participar num processo de paz liderado pelas Nações Unidas, de acordo com o enviado especial da ONU para a nação do Golfo Árabe, Hans Grundberg.
O anúncio neste sábado (23/12) marca o mais recente passo para pôr fim a uma guerra de nove anos que deixou centenas de milhares de mortos e desencadeou uma das piores crises humanitárias do mundo.
Grundberg “saudou o compromisso das partes com uma série de medidas para implementar um cessar-fogo a nível nacional, melhorar as condições de vida no Iêmen e iniciar os preparativos para retomar um processo político inclusivo sob o apoio da ONU”.
O Iêmen está envolvido em um conflito desde que o grupo Houthi assumiu o controle da capital Sanaa em 2014, desencadeando uma intervenção militar liderada pelos sauditas em apoio ao governo sitiado no ano seguinte.
Mario Nawfal/Twitter
Iêmen está envolvido em conflito desde que grupo Houthi assumiu controle da capital Sanaa em 2014
Um cessar-fogo mediado pela ONU que entrou em vigor em abril de 2022 resultou numa redução acentuada das hostilidades. A trégua expirou em outubro do ano passado, embora os combates permaneçam em grande parte estagnados.
O acordo surge no meio de uma série de ataques dos Houthis nas principais rotas marítimas do Mar Vermelho, em solidariedade aos palestinos na Faixa de Gaza, onde Israel combate militantes do grupo palestino Hamas.
Os Houthis prometeram atacar navios ligados a Israel ou navios que se dirigem para portos israelitas, a menos que a guerra israelense seja cessada.
(*) Com TeleSUR