O comitê eleitoral do Irã informou neste sábado (19/06) que o chefe do sistema judicial do país, Ebrahim Raisi, venceu as eleições presidenciais com cerca de 17,9 milhões de votos, o que representa 61,95% do total.
Raisi se apresentou como líder da luta anticorrupção e defensor das classes populares que perderam poder aquisitivo por conta da inflação. Enquanto se aguarda a confirmação oficial de seu triunfo, ele assumirá a presidência em agosto, após suceder o presidente Hassan Rouhani.
Em mensagens nas redes sociais ou transmitidas pela imprensa local, os três candidatos que enfrentaram Raisi reconheceram a vitória do ultraconservador.
Segundo dados parciais, o general Mohsen Rezai, ex-comandante-em-chefe dos Guardiões da Revolução, está em segundo lugar com mais de 11,5% dos votos. Atrás, está o ex-presidente do Banco Central Abdolnaser Hemati (8,3%).
Doze candidatos haviam se registrado para concorrer à eleição. Sete deles foram posteriormente aprovados pelo Conselho de Guardiões do Irã. O presidente Rouhani não poderia participar da corrida presidencial, uma vez que já cumpriu dois mandatos no cargo.
Meghdad Madadi / Tasnim
Ebrahim Raisi assumirá a presidência em agosto, após suceder o presidente Hassan Rouhani
Rouhani parabenizou o vencedor, mas sem especificar o seu nome. “Felicitações ao eleito do povo. Uma vez que ainda não foi oficialmente anunciado, adiarei um pouco as saudações oficiais tendo em conta a lei. É evidente quem recebeu o número necessário de votos”, disse Rouhani, expressando esperança de que em 45 dias o vencedor assumirá suas funções presidenciais.
A participação do eleitorado ficou em 48,8%, menor valor desde a instauração da República Islâmica, em 1979.
A prioridade do presidente será a recuperação econômica. Tema que todos os candidatos concordaram que exige o levantamento das sanções norte-americanas impostas pelo governo de Donald Trump.
Na sexta-feira (18/06), a votação iniciou oficialmente após o aiatolá Ali Khamenei registrar o primeiro voto das eleições presidenciais nesta manhã. O líder supremo do país convocou os cerca de 60 milhões de eleitores para cumprirem seu dever até a meia-noite local.
(*) Com Sputnik, Ansa e Télam.