O Imperador do México, Maximiliano, irmão do Imperador da Áustria-Hungria, Francisco José I, foi fuzilado em 19 de junho de 1867 em Querétaro (México), pelos partidários do presidente Juárez. Ele estava com dois de seus generais.
Maximiliano tinha aceitado, em 1864, a Coroa Imperial do México que lhe havia sido oferecido por Napoleão III. Contudo, Maximiliano não conseguiu impor sua autoridade visto que os mexicanos continuaram fieis a Juárez.
Em 1861, o liberal mexicano Benito Juárez tornou-se presidente de um país arruinado financeiramente, deixando de cumprir seus compromissos de pagamento da dívida com os governos europeus.
Em resposta, a França, a Grã Bretanha e a Espanha enviaram suas forças navais a Vera Cruz a fim de exigir o pagamento. A Grã Bretanha e a Espanha negociaram com o México e retiraram suas tropas navais, mas a França, governada por Napoleão III, decidiu valer-se da oportunidade para estabelecer um império dependente da matriz em território mexicano.
Mais tarde, em 1861, uma frota francesa bem armada tomou de assalto Vera Cruz, desembarcando um amplo contingente, obrigando o presidente Juárez e seu governo à retirada.
Certos de que uma vitória francesa no México viria facilmente e com rapidez, seis mil combatentes franceses comandados pelo general Charles Latrille de Lorencez desencadearam um ataque a Puebla de Los Angeles, uma pequena cidade no centro-oriente do México.
De seu novo quartel general no norte do país, Juarez reuniu uma força mal treinada, enviando-a a Puebla. Comandados pelo general Ignacio Zaragoza, os dois mil mexicanos fortificaram a cidade, preparando-se para o assalto francês.
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Maximiliano, irmão do Imperador da Áustria-Hungria, Francisco José I, é fuzilado em 19 de junho de 1867
Em 5 de maio de 1862, Lorencez lançou seu exército, bem-provisionado e suportado por pesada artilharia, diante da cidade de Puebla, começando o assalto a partir do norte. A batalha durou do raiar do dia até o final da tarde e quando os franceses finalmente bateram em retirada, deixaram perto de 500 baixas contra menos de 100 mortos entre os mexicanos.
Embora não tenha sido a maior vitória estratégica da Guerra contra a França, a vitória de Zaragoza em Puebla representou uma grande vitória moral para o governo mexicano e simbolizou a capacidade do país de defender sua soberania contra as ameaças de uma poderosa nação estrangeira. Hoje, os mexicanos celebram o aniversário da Batalha de Puebla como o Cinco de Maio, feriado nacional no país.
Em nome da Doutrina Monroe, cujo lema era “América para os americanos”, Washington exigira em 12 de fevereiro de 1866, que o imperador francês retirasse suas tropas do México. Napoleão III recusou e pediu a Maximiliano, imperador do México desde 1863, que implantasse um exército nacional.
A expedição francesa ao México começou em 1862 quando Napoleão III decide criar um império católico para contrabalançar o poder do jovem Estados Unidos, majoritariamente protestante. Colocou na chefia do governo do México o irmão do imperador da Áustria, Maximiliano. Todavia, diante da pressão norte-americana e das guerrilhas mexicanas, Napoleão III chamaria suas tropas de volta deixando Maximiliano vulnerável diante dos insurgentes mexicanos.
Abandonado no México, o imperador Maximiliano foi capturado pelas forças de Juarez e em 19 de junho de 1867, executado.