O atentado explosivo realizado na noite deste domingo (24/09) contra a embaixada de Cuba em Washington, capital dos Estados Unidos, foi alvo de repúdio manifestado pelas chancelarias dos dois principais antagonistas norte-americanos no cenário geopolítico atual: Rússia e China.
Nesta terça-feira (26/09), o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin, se referiu ao episódio como um “ato terrorista” e fez um apelo às autoridades norte-americanas para que resolvam o caso com urgência.
“Esperamos que os Estados Unidos tome as providências necessárias para que se estabeleça a verdade o mais rapidamente possível, com medidas eficazes para garantir a segurança das instituições diplomáticas e do seu pessoal”, disse o Wenbin.
O funcionário chinês lembrou que, de acordo com as disposições da Convenção de Viena sobre relações diplomáticas, os Estados Unidos têm a responsabilidade de proteger as missões diplomáticas dentro do seu território.
O ataque contra a sede diplomática cubana foi realizado através de dois coquetéis molotov atirados em seu edifício. Segundo as autoridades do país socialista, não o prédio sofreu alguns danos estruturais menores, mas não houve mortos nem feridos.
Ministério de Relações Exteriores de Cuba
Governos de China e Rússia instaram EUA a investigar rigorosamente o ataque explosivo contra a embaixada cubana em Washington
Em Moscou, também nesta terça, a porta-voz de Assuntos Exteriores do Kremlin, Maria Zakharova, disse que o governo russo “condena fortemente o ataque explosivo”, e também instou o governo norte-americano a impedir que haja impunidade no caso.
“Esperamos que as autoridades dos Estados Unidos conduzam uma investigação rápida e completa sobre todas as circunstâncias do incidente”, acrescentou.
A diplomata russa recordou que este não foi o primeiro ato violento contra a missão diplomática cubana em Washington neste século, mencionando o ataque realizado em abril de 2020, quando um indivíduo realizou um ataque armado, disparando com um rifle de assalto.
O autor daquele ataque realizado há pouco mais de três anos foi preso horas depois. Além do rifle, ele trazia consigo uma bandeira de Cuba com a inscrição “Trump 2020”. Naquele ano, o então presidente Donald Trump tentaria sua reeleição nas eleições presidenciais, mas acabaria fracassando.
Com informações de TeleSur.