O Ministério das Relações Exteriores da China se pronunciou nesta quinta-feira (04/05) sobre a tentativa de ataque com drones ao edifício do Kremlin, em Moscou, capital da Rússia.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Mao Ning, instou a Ucrânia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) a mudarem suas posturas com relação ao conflito.
“Todas as partes evitem tomar qualquer ação que possa agravar ainda mais a situação”, afirmou a diplomata chinesa.
A advertência foi mais enfática no caso da Otan, já que Pequim não só criticou o apoio na aliança militar ao que chamou de ‘falta de cautela’ por parte de Kiev como também a acusou de fomentar provocações não só à Rússia como também à China, com o apoio a ações que geram tensões na região da Ásia-Pacífico.
Xinhua
Mao Ning, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, manifestou as duras críticas do país asiático à Otan
A declaração se refere aos planos da organização de abrir um escritório no Japão. Segundo informação publicada nesta quarta-feira (03/05) pelo jornal Nikkei Asia, a Otan pretende ter sua representação em Tóquio funcionando até o primeiro semestre de 2024.
“As incursões contínuas da Otan são um erro. Especificamente no caso da Ásia-Pacífico, essa interferência em assuntos regionais está minando a paz e a estabilidade, o que pode desencadear um confronto [como o que acontece entre Rússia e Ucrânia]”, alegou Mao.
A representante chinesa também alertou a Otan que “a Ásia não deve ser um campo de batalha para a competição geopolítica”.
(*) Com informações de RT, TeleSur e Nikkei Asia