O Exército e a Polícia da Colômbia suspenderão por 36 horas, a partir de hoje (27), as operações em uma zona de floresta do sul do país para permitir a entrega, no domingo, do primeiro dos dois soldados sequestrados que as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) se comprometeram a libertar.
A informação foi confirmada pelo comandante das Forças Militares da Colômbia, geral Freddy Padilla, e o representante do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) na Colômbia, Cristophe Berney, após manterem uma reunião em Bogotá junto a representantes da Igreja Católica. Berney especificou que a suspensão das operações começará no sábado às 18h locais (20h de Brasília) e irá até 6h de segunda-feira (8h em Brasília).
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Tudo indica que o primeiro libertado será o soldado Josué Daniel Calvo, que está há 11 meses sob poder das Farc, e que estaria doente. Entretanto, não há confirmação oficial.
A entrega do outro refém, o sargento Pablo Emilio Moncayo, com doze anos de cativeiro, aconteceria na próxima terça-feira (30), segundo o cronograma divulgado pela senadora colombiana Piedad Córdoba, que negocia com as Farc e foi a única pessoa a ter acesso às coordenadas dos lugares onde os militares serão libertados.
Brasil
Ontem a senadora, que lidera a missão humanitária, chegou à cidade brasileira de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, onde estão os helicópteros cedidos pelo governo do Brasil para resgatar os sequestrados.Eles já partiram em direção a território colombiano.
Piedad viajou acompanhada de dois representantes do CICV, do bispo de Magangué, Leonardo Gómez, e de membros da organização Colombianos e Colombianas pela Paz (CCP), liderada por ela.
Segundo previsão, os helicópteros e os integrantes da missão devem chegar no sábado a Villavicencio, capital do departamento colombiano de Meta (centro do país), de onde se dirigirão ao ponto da floresta no qual será entregue o primeiro militar, no domingo.
Horas antes da partida da senadora, as Farc divulgaram um comunicado no qual ratificaram seu compromisso de libertar os dois militares, mas também que adiavam a entrega dos restos mortais do major da Polícia Julián Guevara, morto em cativeiro em 2006.
O motivo alegado pela guerrilha é que o lugar onde estão os restos de Guevara está sendo bombardeado e atacado pela Polícia.
Após a libertação de Moncayo e Calvo, restariam outros 22 militares em poder das Farc. Os guerrilheiros negociam trocar estes homens por cerca de 500 de seus homens presos.
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