Atualizada às 19h52
Milhares de colombianos foram às ruas das principais cidade do país nesta sexta-feira (22/11) em mais um dia de panelaços e paralisações contra as privatizações e o pacote de medidas trabalhistas e previdenciárias do presidente Iván Duque.
Na capital do país, Bogotá, os manifestantes se concentraram sob forte chuva na praça Bolívar, onde fica a sede do governo do país, por volta das 17h (19h no horário de Brasília). Após alguns minutos de manifestação, o Esquadrão Móvel Antidistúrbios (Esmad) dispersou centenas de pessoas que estavam concentradas no local utilizando bombas de gás lacrimogêneos e balas de borracha. Segundo o jornal El Tiempo, até o momento foi confirmado um ferido.
Após a ação policial, a praça Bolívar foi esvaziada e os manifestantes voltaram a se reunir na avenida Sétima, uma das principais vias da capital. Pouco depois do início do panelaço, o prefeito de Bogotá, Enrique Peñalosa, anunciou um toque de recolher em três regiões da cidade a partir das 20h (22h, no horário de Brasília). Além disso, Peñalosa afirmou que serão mobilizados mais 4 mil soldados e 7 mil policiais para auxiliar na repressão contra os protestos na capital.
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Pelo Twitter, o partido Força Alternativa Revolucionário do Comum (FARC), antigo grupo guerrilheiro, condenou a atitude da polícia e destacou que “o panelaço na praça Bolíviar, em Bogotá, durou oito minutos em paz”. “A jornada ocorria de forma pacífica e foi fortemente reprimida. Chega de violência contra manifestantes”, afirmou a legenda.
Reprodução
Esquadrão Móvel Antidistúrbios reprimiu centenas de pessoas que estavam concentradas em frente à sede do governo
Ocho minutos en paz duró el #Cacerolazo22N en la Plaza de Bolívar de Bogotá. La jornada se llevaba de forma pacífica y fue fuertemente reprimida. No más violencia contra manifestantes. pic.twitter.com/9yJT3t0zgh
— FARC (@PartidoFARC) November 22, 2019
Panelaços também foram registrados em cidades como Barranquilla, Bucaramanga e Medellín, a segunda maior do país. Em Cali, Popayán e Soacha, mesmo sob toque de recolher implementado pelos governos locais, os colombianos foram às ruas e realizaram panelaços contra o presidente Iván Duque.
Este é o segundo dia consecutivo de paralisações e panelaços na Colômbia. Nesta quinta-feira (21/11), a paralisação geral, que paralisou as principais cidades do país, se estendeu até o final da noite com uma série de panelaços contra o governo do presidente Iván Duque. Foram registrados protestos em Bogotá, Cali, Medellín e outras cidades, como Cartagena, Barranquilla e Bucaramanga.
Segundo a Central Unitária dos Trabalhadores (CUT) colombiana, a greve geral que mobilizou diversos movimentos populares e categorias sindicais do país entrará para a história como uma das maiores mobilizações da Colômbia.
#LOÚLITMO ?️Autoridades disuelven la concentración en la Plaza de Bolívar. https://t.co/lPZ9lNO6qD #22Nov #Cacerolazo22n pic.twitter.com/uuXy4yHfsc
— El Espectador (@elespectador) November 22, 2019