A língua alemã, conhecida por seus substantivos gigantes e teoricamente infinitos, perdeu dua palavra mais longa: a até então campeã “Rindfleischetikettierungsüberwachungsaufgabenübertragungsgesetz” não existe mais.
Abreviada para RkReÜAÜG, a palavra de 63 letras significa “a lei concernente à delegação de deveres para a supervisão de marcação de gado e etiquetação de bife” (aqui). Ela havia sido criada em 1999, durante a crise da chamada doença da vaca louca e foi reconhecida somente oito anos depois, quando “Grundstücksverkehrsgenehmigungszuständigkeitsübertragungsverordnung” (“regulação governando a delegação de autoridade concernente à permissões de transferências de propriedades”), de 67 letras, foi aposentada.
Na semana passada, foi a vez de RkReÜAÜG. O Parlamento regional do estado de Mecklenburg Vorpommern seguiu a decisão da União Europeia de que o exame de rebanhos saudáveis à procura da doença não era mais necessário – e tampouco a palavra alemã.
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De qualquer modo, porta-vozes do Duden, o mais extenso dicionário alemão, afirmaram que somente abrigam palavras usadas no dia-a-dia, uma vez que as longas são simplesmente desconfortáveis demais, mesmo que usadas oficialmente. Assim, “Kraftfahrzeughaftpflichtversicherung” (“seguro para indenização de veículo motorizado”), de 36 letras, é a mais longa no dicionário.
Apesar disso, “Rechtsschutzversicherungsgesellschaften” (“companhias de seguro que providenciam proteção legal”), de 39 letras, é a mais longa palavra cotidiana alemã segundo o Livro de Recordes Guinness.
Na língua inglesa, a palavra mais longa registrada no dicionário Oxford é “pneumonoultramicroscopicsilicovolcanoconiosis” (“uma palavra artificial e longa que significa uma doença de pulmão causada por inalação cinzas finas e poeira”), de 45 letras. Na Grã-Bretanha, o número um fica com o nome de lugar galês “Llanfairpwllgwyngyllgogerychwyrndrobwllllantysiliogogogoch”.
* Com informações de the Guardian e The Telegraph