Segunda-feira, 14 de julho de 2025
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Reprodução/CompromisoRSE
O governo da Andaluzia, no sul da Espanha, começou nesta segunda-feira (03/06) a oferecer três refeições aos alunos mais carentes de 100 colégios da região, como parte do “decreto de solidariedade e de segurança alimentar”. O programa é uma resposta à crise econômica que o país atravessa.

De acordo com a Ministra Regional para a Igualdade, Susana Diaz, seis em cada 100 crianças da Andaluzia estão em situação de extrema pobreza e esta é a principal razão para a existência do programa.

A região andaluz, com mais de 8 milhões de habitantes, é uma das mais afetadas pela crise, com uma taxa de desemprego próxima de 36%. A média nacional é de 26%.

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O plano é que, a partir do outono, o programa beneficie 48 mil estudantes. No primeiro dia de implantação, 11 mil crianças receberam uma bolsa com o café-da-manhã e a merenda. O almoço já era oferecido gratuitamente nas próprias escolas. O foco do governo são os colégios localizados nas chamadas “zonas de transformação social”, onde os serviços sociais são mais demandados.

Segundo dado oficial, seis em cada 100 crianças na região da Andaluzia estão em situação de extrema pobreza

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Ao mesmo tempo, a intenção é não estigmatizar os alunos que receberão as três refeições diárias e, por isso, os conselhos de Educação e de Saúde e Bem-estar Social, que coordenam o programa, pediram discrição aos diretores das escolas e às empresas de catering responsáveis pelo fornecimento da comida.

Segundo José Luís Sánchez, gerente de uma dessas empresas, os empresários trabalham apenas com números e só a direção das instituições de ensino sabe quem são os alunos beneficiados. Sánchez acrescenta que o custo diário por criança está entre um e dois euros. Os custos totais estariam em torno de 2 milhões de euros.

A maior parte do programa, no entanto, está prevista para ser lançada no próximo ano letivo, uma vez que este termina em três semanas. Durante o verão, a distribuição das refeições ficará a cargo de ONGs. A meta de alcançar 48 mil estudantes deve ser atingida entre outubro e novembro.

O Partido Popular (PP) andaluz criticou a iniciativa do governo dizendo que o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e a Esquerda Unida (IU, na sigla em espanhol), que estão no poder com uma coalizão, deveriam se preocupar em gerar empregos e riqueza, e não medidas esmolas.

* Com informações do El País