Um conjunto de igrejas que encabeçam um ativismo evangélico ganhou força no Brasil, principalmente após a presidência de Jair Bolsonaro, governo com o qual essas instituições tem mais afinidade. É o que acredita o jornalista e escritor Gilberto Nascimento, autor do livro O Reino: A história de Edir Macedo e uma radiografia da Igreja Universal (Companhia da Letras, R$59,90).
Em entrevista a Opera Mundi, Nascimento afirma que não só a Universal, mas muitas outras igrejas evangélicas fizeram parte de uma base de apoio para a eleição de Bolsonaro e que agora encontram mais afinidade para seus projetos no governo federal.
“As igrejas pentecostais e neopentecostais foram muito importantes [para Bolsonaro], não só a Universal. Um conjunto de igrejas evangélicas foi muito importante na eleição desse governo, como tem sido muito importante no avanço de uma pauta conservadora. Esse ativismo evangélico ganhou força e é afinado com um governo que tem dado todos os sinais e feito anúncios de que pretende atender essas pautas”, diz o autor.
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Nascimento ainda destaca que, apesar de sempre tentar manter boas relações com diversos presidentes das últimas décadas, a Universal encontrou mais “afinidade” para seus projetos com o governo Bolsonaro.
“Agora eles estão com o governo Bolsonaro, que é um governo com o qual eu acho, e mostro, que a igreja tem muito mais afinidade, dentro da linha do pensamento conservador é um governo com o qual eles estão mais afinados”, afirma.
Sobre a forte presença da Igreja Universal em outros países, o autor aponta que é um fator que “encorpa” o projeto do líder da Universal, Edir Macedo.
“Podemos dizer que a Universal é uma das maiores multinacionais brasileiras. Isso encorpa e dá muito mais força e vigor à igreja. Dentro do projeto de poder, isso agrega e fortalece”, diz.
Veja a entrevista na íntegra:
Reprodução
‘Ativismo evangélico ganhou força e é afinado com um governo que pretende atender essas pautas’, diz o autor