O presidente da Argentina, Javier Milei, decidiu adquirir 24 aviões de combate F-16 da Dinamarca, rejeitando assim uma oferta da China de 34 aeronaves JF-17 que o governo anterior, liderado por Alberto Fernández (2019-2023), havia considerado.
Segundo o portal de notícias Infobae, a operação acontecerá com a aprovação e financiamento dos Estados Unidos, interessados em travar a expansão dos interesses chineses na América Latina, e deverá ser concluída pela empresa norte-americana Lockheed Martín.
“Sem a aprovação da administração de Joe Biden não teria sido possível concluir o acordo comercial que permitirá que a Aeronáutica militar argentina recupere o potencial bélico perdido durante a guerra das Malvinas em 1982”, diz a publicação.
No entanto, o site La Política Online analisou que a operação poderá levar Pequim, que é o segundo maior parceiro da Argentina, a suspender ou mesmo revogar o crédito swap em yuan, que Buenos Aires utilizou para saldar parcelas da sua dívida externa.
Wikicommons
Governo chinês tem incertezas quando à política econômica de Javier Milei
A suspensão deste acordo econômico tem sido pautada desde as primeiras semanas do governo Milei diante de seus constantes ataques ao país liderado por Xi Jinping.
Entre os motivos da possível suspensão do instrumento financeiro também estão as incertezas que o governo chinês tem em relação à política econômica de Milei e o que será feito com o Banco Central argentino, instituição com a qual o acordo é feito e alvo de ameaças de encerramento de suas atividades.
No entanto, em seu terceiro dia no cargo como presidente da Argentina, Milei recuou seu discurso agressivo contra a China e escreveu a Xi Jinping, em uma tentativa de descongelar a operação financeira de U$5 bilhões (cerca de R$ 25 bilhões).
(*) Com Ansa, Brasil de Fato e Sputniknews