Sábado, 12 de julho de 2025
APOIE
Menu

Atualizada às 23h07

O governo de Cuba lamentou neste domingo (10/11) a renúncia do presidente boliviano Evo Morales, e classificou o ato como “estratégia golpista”.

O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, condenou “a estratégia golpista opositora que começou na Bolívia, que custou mortes, centenas de feridos e manifestações condenáveis de racismo contra os povos originários”. “Apoiamos Evo Morales”, disse o mandatário.

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se

O ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, também se manifestou e disse que a chancelaria de Havana “condena enérgicamente o golpe no Estado da Bolívia”.


FORTALEÇA O JORNALISMO INDEPENDENTE: ASSINE OPERA MUNDI


“Nossa solidariedade com o irmão presidente Evo Morales, protagonista símbolo da reivindicação dos povos originários de nossa América. Convocamos uma mobilização mundial pela vida e pela liberdade de Evo”, disse o chanceler.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, também condenou a movimentação da oposição que levou Morales à renúncia. 

“Condenamos categoricamente o golpe de Estado consumado contra o irmão presidente Evo Morales. Os movimentos sociais e políticos do mundo nos declaramos em mobilização para exigir a preservação da vida dos povos originários bolivianos vítimas do racismo”, disse o mandatário venezuelano.

O presidente Jair Bolsonaro também comentou sobre a renúncia de Morales. Para o mandatário brasileiro, a “lição” que fica das eleições bolivianas é a “necessidade” da  implementação do voto impresso no Brasil. 

“Denúncias de fraudes nas eleições culminaram na renúncia do Presidente Evo Morales. A lição que fica para nós é a necessidade, em nome da democracia e transparência, contagem de votos que possam ser auditados. O VOTO IMPRESSO é sinal de clareza para o Brasil!”, disse. 

Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também lamentou a renúncia de Evo e disse que “é lamentável que a América Latina tenha uma elite econômica que não saiba conviver com a democracia e com a inclusão social dos mais pobres”.

A vice presidente eleita na Argentina, Cristina Kirchner, declarou que é preciso que haja “ações claras em defesa da democracia” e criticou as forças armadas por “sugerirem” que Morales renunciasse.

“Na Bolívia, manifestações violentas sem qualquer tipo de limitação pelas forças policiais incendiaram casas e sequestraram pessoas, enquanto as Forças Armadas “sugerem” que o presidente indígena e popular Evo Morales renuncie”, disse.

Pelo Twitter, Cristina enfatizou a repressão das forças policiais no Chile contras os manifestantes que pedem a renúncia do presidente Sebastián Piñera. 

“No chile, por semanas as mobilizações maciças pedem a renúncia do presidente neoliberal Sebastián Piñera e as forças armadas e policiais reprimem brutalmente. A Bolívia é chamada de golpe de Estado. Se queremos viver em paz, é hora de pronunciamentos e, acima de tudo, ações claras em defesa da democracia, independentemente da orientação política dos governos que surgem da vontade popular”, afirmou Cristina. 

Fernando Haddad, ex-prefeito da cidade de São Paulo, culpou a OEA pelos acontecimentos que se sucederam na Bolívia. Haddad ainda disse que a organização deveria se “manifestar” sobre o que acontece no país após a renúncia de Morales.

“A OEA abriu caminho para o golpe na Bolívia. Podia se manifestar sobre o que acha dos últimos acontecimentos”, disse. 

Foro de São Paulo

A Secretária Executiva do Foro de São Paulo, Monica Valente, exigiu respeito aos direitos humanos e pela vida de Morales após denunciar o golpe que o presidente sofreu. 

“Fórum de São Paulo denuncia o golpe de Estado perpetrado contra o legítimo presidente Evo Morales e exige respeito pelos direitos humanos, vida e integridade do Presidente Evo, sua equipe e todos os bolivianos que lutam pela democracia”, afirmou. 

Reino Unido

O líder britânico do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, condenou o golpe de Estado que Morales sofreu neste domingo. 

“Ver Evo Morales quem, junto com um movimento poderoso, trouxe tanto progresso social ser forçado a sair do cargo pelas forças armadas é assustador. Condeno este golpe contra o povo boliviano e apoio-o pela democracia, justiça social e independência”, disse. 

Pablo Iglesias

O líder do partido espanhol Podemos, Pablo Iglesias, disse que os anos em que Morales esteve no poder a Bolívia “melhorou todos os seus indicadores sociais e econômicos” e ainda dedicou todo o apoio ao povo boliviano. 

“Golpe de Estado na Bolívia. Vergonhoso que haja meios que digam que o exército faz o presidente renunciar. Nos últimos 14 anos, a Bolívia melhorou todos os seus indicadores sociais e econômicos. Todo nosso apoio ao povo boliviano” disse. 

Jean Luc-Mélenchon

O líder do partido de esquerda francês França Insubmissa, Jean Luc-Mélenchon, também condenou o golpe contra Evo e disse que “os amigos dos EUA e da União Europeia restauraram sua 'democracia': expurgos anti-indígenas, espancamentos de jornalistas e autoridades eleitas, golpe militar. Este é o mundo ideal deles”. 

México

O presidente do México, Andrés Manuel Lopez Obrador, disse que o país se manifestará oficialmente nesta segunda (11/11), mas reconheceu a “atitude responsável” de Morales em renunciar para não “expor seu povo à violência”.

“Por enquanto, como amanhã divulgaremos amplamente nossa posição, reconhecemos a atitude responsável do presidente da Bolívia, Evo Morales, que preferiu deixar de expor seu povo à violência”, afirmou.

'Nossa solidariedade com o irmão presidente Evo Morales, protagonista símbolo da reivindicação dos povos originários de nossa América', disse chanceler cubano

ABI

Evo Morales renunciou ao cargo após golpe de Estado na Bolívia