O Congresso da Espanha aprovou nesta terça-feira (07/01) a investidura do líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), Pedro Sánchez, que venceu as duas últimas eleições legislativas e assumiu novamente o cargo de primeiro-ministro.
Graças à coalizão alcançada com a legenda de esquerda Unidas Podemos, Sánchez obteve a maioria simples do Congresso com 167 votos a favor, 165 contra e 18 abstenções. O premiê espanhol havia perdido a primeira votação no domingo (05/01). Entretanto, conforme estabelecido pela Constituição, uma segunda votação é realizada 48 horas após a primeira, caso o candidato não tenha obtido a maioria absoluta.
O resultado consolida a vitória da esquerda, embora o PSOE já viesse governando com minoria no Congresso. Antes disso, após a transição democrática da Espanha, o partido havia governado o país de 1982 a 1996 com Felipe González, e de 2004 a 2011 com José Luis Zapatero.
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No primeiro turno da votação para a chefia do governo espanhol, Sánchez havia conquistado apenas 166 votos a favor, 165 contra e 18 abstenções, tendo sua investidura rejeitada pelo Parlamento. Segundo a lei, é necessário obter a votação favorável de uma maioria absoluta de 176 votos no primeiro pleito.
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Pedro Sánchez conquista a investidura do governo Espanhol
Na votação que lhe deu a investidura, o candidato do PSOE conquistou os votos de seu partido, do Unidas Podemos, PNV, Más País, Compromís, Teruel Existe, Nueva Canarias e BNG e a abstenção de ERC e Bildu, que totalizam 18 deputados. Votaram contra o PP, Vox, Cidadãos, JxCat, CUP, UPN, PRC e Coalición Canaria
Em seu discurso, Sánchez se comprometeu, em primeiro lugar, a colocar em marcha uma modificação da Constituição para evitar bloqueios parlamentares para a formação do governo no futuro. Para o líder do PSOE, existem apenas duas opções: “coalizão progressista ou mais bloqueio para a Espanha”.
“Cinco eleições com o mesmo resultado não são coincidência, isso se chama democracia”, disse Sánchez, deixando claro que o que propõe é “a única opção possível do governo”. Por isso, ele pediu a bancada da direita a abandonar a “irritação” e o “clima tóxico”. “Não compensa a eles continuar com birra indefinidamente, isso prejudica algo muito importante chamado convivência”, disse.
*Com ANSA