Segunda-feira, 16 de junho de 2025
APOIE
Menu

A Assembleia Nacional do Equador [unicameral] aprovou nesta terça-feira (09/05) uma resolução que garantiu o prosseguimento dos trabalhos do processo de destituição do presidente do país, Guillermo Lasso, acusado de corrupção.

A votação foi realizada após pedido da deputada Viviana Veloz, líder do partido Revolução Cidadã [o mesmo do ex-presidente Rafael Correa] para que o pleno decidisse se o processo deveria continuar, mesmo com a mudança no objeto da acusação.

Essa situação se deu pelo fato de que o processo iniciado em meados de março estava baseado em um informe da Comissão da Verdade, Justiça e Combate à Corrupção da mesma Assembleia, no qual o presidente Lasso era acusado por três diferentes casos, nos quais teria cometido crimes de extorsão, lavagem de dinheiro, tráfico de influência, peculato e corrupção passiva.

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se

No entanto, em abril deste ano, já com o processo em andamento, a Comissão de Supervisão e Controle Político do Legislativo equatoriano decidiu descartar algumas das denúncias, mantendo apenas a relativa ao Caso Flopec, no qual o mandatário teria cometido crimes de peculato e corrupção passiva, ao favorecer a empresa norte-americana Amazonas Tanker Pool em contratos com a estatal Frotas Petroleiras Equatorianas (Flopec).

Esse segundo informe também recomendava o arquivamento do processo, por suposta falta de provas contra Lasso. Diante dessa situação, a bancada governista passou a criticar o processo e forçar uma votação baseada nesse informe, com o intuito de determinar o seu encerramento.

Para minar estratégia governista que tentava forçar o arquivamento do processo, líder opositora apresentou moção que terminou com 88 votos a favor

Assembleia Nacional do Equador

Legislativo equatoriano aprovou resolução que deu prosseguimento ao processo de impeachment contra presidente Lasso

Entretanto, após a aprovação de uma moção que estabeleceu a alteração do conjunto acusatório do processo, adequando às denúncias validadas pela Comissão de Supervisão, a deputada Veloz, líder opositora no Legislativo equatoriano, propôs a resolução para legitimar a continuidade do processo.

Sua iniciativa foi bem sucedida na votação desta terça: a proposta precisava de maioria simples [ou seja, 69 dos 137 votos do parlamento] mas contou com 88 apoios, um a mais que as assinaturas com as quais o processo foi aberto e quatro a menos que aquilo que será necessário para aprovar o impeachment em uma possível votação final.

O resultado fortaleceu novamente a bancada opositora, já que alcançou uma quantidade de votos muito próxima da que será necessária em uma eventual votação final para definir o impeachment de Lasso.

Após o resultado, o presidente da Assembleia Nacional, Virgilio Saquicela [do partido governista Criando Oportunidades] afirmou que o processo seguirá seu curso a partir da próxima semana, com depoimentos de testemunhas apresentadas pela defesa do presidente.

(*) Com informações de TeleSur