O Conselho Constitucional da Argélia anunciou nesta domingo (02/06) que decidiu suspender as eleições presidenciais no país que aconteceriam no próximo dia 4 de julho.
Segundo o órgão, as únicas duas candidaturas que foram apresentadas não foram aceitas pela Justiça.
De acordo com a imprensa argelina, o Conselho afirmou que existe uma “impossibilidade” de realizar o pleito na data prevista, mas não informou o motivo da suspensão nem as razões para não aceitar as candidaturas apresentadas.
Os concorrentes à vaga de presidente da Argélia eram Abdelhakim Hamadi e Al Sayyed Hamid Tawahri, que apresentaram seus documento seguindo os requisitos de ao menos 60 mil assinaturas de eleitores de 25 províncias diferentes.
“A principal tarefa do chefe de Estado é organizar a eleição da Presidência da República e é necessário criar as condições adequadas para organizá-la e levá-la a cabo de maneira transparente e imparcial, a fim de preservar as instituições constitucionais que permitem a realização das aspirações do povo”, afirmou o Conselho Constitucional em comunicado.
Protestos
No início de abril, o presidente interino da Argélia, Abdelkader Bensalah, assinou um decreto para organizar as eleições presidenciais no dia 4 de julho.
A eleição seria realizada inicialmente no dia 18 de abril, mas precisou ser adiada devido a uma série de manifestações contra a candidatura para o quinto mandato do então presidente Abdelaziz Bouteflika.
Os protestos obrigaram o mandatário a se retirar da disputa e a renunciar ao cargo após 20 anos no poder. No entanto, a nomeação de Bensalah também provocou novos protestos.
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Segundo órgão, as únicas duas candidaturas que foram apresentadas não foram aceitas pela Justiça