A capital libanesa entrou no segundo dia de protestos contra o governo neste domingo (09/08), desencadeados pela crise econômica no país e pela recente explosão no porto de Beirute na última terça (04/08), que matou pelo menos 158 pessoas e deixou pelos menos seis mil feridos. Os atos deste domingo intensificaram a crise política que tomou o país.
De acordo com canais de TV libaneses, um incêndio começou na entrada da praça do Parlamento enquanto multidões de manifestantes tentavam invadir a área isolada. Eles chegaram a entrar nos edifícios do Ministério do Trabalho e do Ministério para Assuntos de Refugiados
No início do dia, a mídia local informou que a polícia usou gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar manifestantes que atiravam pedras contra os militares perto do prédio do Parlamento.
Os manifestantes pedem a renúncia do governo, que gere o país em meio à pior crise econômica do Líbano desde o fim da guerra civil, em 1990.
Com isso, a crise política no país se adensou. Mais dois ministros do governo do premiê Hassan Diab, a da Informação e o do Meio Ambeinte, pediram demissão neste domingo. Horas após o início dos protestos, ainda no sábado (08/08) Diab, sugeriu antecipar as eleições parlamentares no país.
Neste domingo, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro, anunciou que o Brasil enviará ajuda humanitária e técnica ao Líbano devido à crise no país. Para tal, anunciou que o ex-presidente Michel Temer irá comandar o envio do material.
(*) Com Sputnik