O Ministério do Interior de Cuba informou nesta segunda-feira (11/12) que julgamentos e condenações de pessoas acusadas por terrorismo foram realizados, resultando em um homem e duas mulheres condenados a cumprir penas de 20 a 30 anos de prisão.
Dentro de uma vasta investigação da pasta sobre organização de ataques por cidadãos da ilha em contato com líderes terroristas residentes e treinados nos Estados Unidos, o homem – identificado como Lázaro García Ríos – e as duas mulheres foram acusados por atirarem coquetéis molotov em uma sala que guardava os arquivos do Tribunal Municipal do Centro Havana, na capital.
Un hombre y dos mujeres involucrados en acciones terroristas pagadas por mercenarios en EEUU cumplirán sanciones de 20 a 30 años de privacion de libertad. #ListaDeTerroristas #NoAlTerrorismo pic.twitter.com/lQLPlF59Y1
— MININT_CUBA (@minint_cuba) December 11, 2023
A acusação também envolve um ataque contra a sede provincial do Comitê de Defesa da Revolução (CDR), onde uma pessoa ficou ferida.
O crime acusado é incluído no Código Penal de Cuba uma vez que foi cometido “com dispositivo explosivo ou mortífero, agentes químicos ou biológicos ou outros meios de substâncias, bem como propaganda inimiga”.
Tribunal Provincial Popular de Holguín/Twitter
Acusação também envolve um ataque contra a sede provincial do Comitê de Defesa da Revolução (CDR), onde uma pessoa ficou ferida
Investigação contra terrorismo
O julgamento decorre após as autoridades cubanas frustrarem nesta semana um plano terrorista organizado por cubanos baseados nos Estados Unidos, que provavelmente seria executado durante as férias de fim de ano na ilha.
Embora se trate de uma investigação em curso, o Ministério ofereceu detalhes preliminares da investigação e, com base nas provas recolhidas, afirmou que os envolvidos são cidadãos cubanos residentes nos Estados Unidos, onde têm ligações com terroristas norte-americanos que promovem ações violentas contra Cuba e receberam treinamento militar nos EUA.
Assim, a pasta informou que o primeiro passo da investigação foi a detenção de um cidadão de origem cubana, que entrou ilegalmente no país por via marítima, vindo do sul da Flórida, nos EUA.
Assim, nomes descobertos por meio desta investigação foram adicionados na lista de pessoas e organizações terroristas procuradas pelas autoridades cubanas, que foi divulgada através do Diário Oficial de 7 de dezembro: Manuel Milanés Pizonero, Michel Naranjo Riverón, Amijail Sánchez González e Miguel Gómez Bartulo.
Ao todo, a lista inclui 61 pessoas e 19 organizações, muitas delas sediadas nos Estados Unidos, e inclui os perpetradores de atos terroristas contra Cuba desde 1999 até ao presente, e aqueles que incitam, organizam e financiam ações que afetam a ordem social.
As bases jurídicas para a elaboração da referida lista encontram-se na Resolução 1373 do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), no Código Penal Cubano, no Decreto-Lei 317 do Conselho de Estado e na Resolução 16 do Ministro do Interior do país.
(*) Com TeleSUR