O Ministério das Relações Exteriores de Cuba rechaçou neste sábado (03/07) um relatório norte-americano que acusa Havana de não cumprir as normas de combate ao tráfico de pessoas afirmando ser uma “campanha difamatória” dos Estados Unidos.
“Rejeitamos nos termos mais veementes esta campanha difamatória do governo dos Estados Unidos, promovida em conjunto com os setores mais reacionários e corruptos daquele país, incluindo grupos extremistas de origem cubana representados no Congresso por personalidades como os senadores Marco Rubio e Robert Menéndez”, disse a chancelaria.
A chancelaria da ilha lembrou que o país é reconhecido por garantir os direitos fundamentais dos cidadãos. “Cuba tem uma política de tolerância zero para qualquer forma de tráfico de pessoas e um excelente desempenho na prevenção, enfrentamento e proteção às vítimas, trajetória que está registrada nas Nações Unidas e em outros organismos internacionais ”, acrescentou.
O país caribenho ainda denunciou que a Casa Branca pretende estigmatizar outras nações que receberam ajuda médica solidária de Havana. “Os Estados Unidos cometem um crime ao tentar privar quem recebe esses serviços graças aos acordos bilaterais assinados livre e soberanamente entre Cuba e dezenas dos governos”, declarou a nota.
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Governo cubano lembrou que o país é reconhecido por garantir direitos fundamentais dos cidadãos
“A atual política externa dos Estados Unidos põe em dúvida seu sincero compromisso de enfrentar o terrível flagelo do tráfico de pessoas, ao mesmo tempo que vulgariza o esforço internacional para combatê-lo”, assinala.
O Ministério das Relações Exteriores reiterou que as sanções econômicas, financeiras e comerciais ilegais que os Estados Unidos impõem a Cuba há mais de 60 anos constituem uma violação do Direito Internacional.
“Os Estados Unidos são um dos países com maiores problemas de tráfico de pessoas no mundo. Suas políticas de sufocamento econômico contra Cuba e a quebra de acordos migratórios bilaterais favorecem as organizações vinculadas ao crime internacional, ao contrabando de imigrantes e ao tráfico de pessoas”, concluiu.