O reverendo escritor e matemático britânico Lewis Carroll – cujo verdadeiro nome era Charles Lutwige Dodgson – publica em 4 de julho de 1865 As aventuras de Alice no País das Maravilhas.
O conto foi inspirado no encontro entre o autor e Alice Liddell, uma menina de 10 anos, e suas irmãs Lorina e Edith Liddell, bem como um colega de Dodgson, Duckworth, por ocasião de um piquenique à beira do rio Isis na Inglaterra.
Brincando com a lógica e mudando as normas do conto para crianças, a obra alcançaria um enorme sucesso em toda a Europa e depois em todo o planeta.
A obra conta a história de uma garota chamada Alice que cai numa toca de coelho onde encontra um mundo de fantasia povoado por criaturas peculiares. Carroll se colocou sob o signo da magia, mas isto seria só na aparência. Nada de fadas e sim de personagens de um universo maravilhoso: rei, rainha, anão, feiticeira, mensageiro, animais dotados de comportamento e linguagem humanos.
O conto é repleto de alusões aos amigos – e inimigos – de Dodgson, e de lições que os escolares britânicos deveriam memorizar. O autor joga com a lógica de tal modo que proporciona à história uma duradoura popularidade com as crianças assim como com os adultos.
É considerada também como um dos mais característicos exemplos do gênero de literatura ‘nonsense’. Seu curso narrativo e estrutura tiveram enorme influência principalmente no gênero fantasia. Num agrado aos leitores, toma emprestado de canções de ninar de sua infância personagens encantadores: Humpty-Dumpty, os gêmeos Tweedledum e Tweedledee.
Se Carroll pode ser inscrito em alguma tradição, é para submetê-la a sua inspiração: jogos verbais, canções, adivinhações demarcam a narração. Em muitos sentidos a obra é surpreendentemente audaciosa. Os personagens não parecem aceitar as metamorfoses respondendo a uma lógica comum, como aquela da abóbora que se transforma em carruagem, buscando, ao contrário, dela escapar.
A parodia é uma das chaves que abre ao leitor o universo de Alice. Os personagens fazem o contrário do que se espera deles.
WikiCommons
História do país nas maravilhas foi inspirada na menina Alice Liddell
É a inversão, uma segunda chave do país das maravilhas. Uma terceira chave é o nonsense, gênero que Lewis Carroll domina com maestria. O nonsense finge deixar o leitor esperando por uma explicação lógica para depois traiçoeiramente enganar seus hábitos de pensamento.
Outros fatos marcantes da data:
1776 – A luta pela independência dos EUA
1826 – Morre Thomas Jefferson, redator da independência dos Estados Unidos
1954 – No “Milagre de Berna”, Alemanha bate a favorita Hungria e vence a Copa