O ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, reuniu-se nesta quarta-feira (11/10) com o coordenador da ONU para o Processo de Paz no Médio Oriente, Tor Wennesland, e o comissário geral das Nações Unidas para os refugiados palestinos (UNRWA), Philippe Lazzarini, para negociar o envio de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza.
O objetivo da ajuda é “fornecer proteção aos civis e garantir o acesso regular aos serviços e ajuda humanitária a Gaza“, região que está sob “cerco total” instituído por Israel, motivado pelos ataques do Hamas, no último sábado (07/10)
FM Shoukry receives @TWennesland UN Coordinator for the Middle East Peace Process, and @UNLazzarini Commissioner General of @UNRWA . Lengthy discussion on how to provide protection for civilians & ensure regular access of services & relief aid to Gaza pic.twitter.com/UDx76tEMkV
— Egypt MFA Spokesperson (@MfaEgypt) October 11, 2023
A medida israelense impede que água, alimentos e combustível entre na região, habitada por mais de dois milhões de palestinos.
“Evitar novas perdas de vidas civis e fornecer acesso à ajuda humanitária em Gaza é prioridade”, elencou Wennesland sobre a discussão.
Twitter/PALESTINA ONLINE
Fronteira do Egito com Gaza, Rafah, é uma das únicas rotas de saída da região
Apesar dos esforços do Egito e da ONU, que pretendem enviar a ajuda por meio da fronteira, na região de Rafah, o jornal Al Jazeera e autoridades de saúde de Gaza, alegaram que a intenção foi ameaçada pelos ataques das Forças Armadas de Israel (FDI).
Com gravações de vídeo, o jornal registrou três ataques à fronteira em menos de 24 horas. Além de ser a opção para o envio de ajuda humanitária, a fronteira também é uma das únicas rotas de fuga dos palestinos que desejam sair de Gaza.
Gaza sem eletricidade
As autoridades da Faixa de Gaza afirmaram, também nesta quarta, que a única central elétrica do território parou de funcionar após ficar sem combustível, deixando os palestinos da região sem energia.
Além de impedir que a população civil palestina tenha acesso à eletricidade, a falta de funcionamento da usina implica também na sobrecarga das instalações médicas de Gaza, que agora dependem de geradores com capacidade para apenas dois dias.
A situação ameaça a vida de civis palestinos internados que dependem da eletricidade para a continuidade de seus tratamentos hospitalares.