Sábado, 17 de maio de 2025
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Em reunião com o presidente da Colômbia, Iván Duque, que contou com a presença do autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, nesta segunda-feira (20/01), o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo aproveitou para atacar o governo de Nicolás Maduro que segundo ele gerou uma crise humanitária com “consequências devastadoras”.

“Maduro foi destrutivo. Podemos ajudar a oposição a continuar se unindo, continuar construindo forças”, disse o secretário em referência ao apoio dos EUA pelo reconhecimento de Guaidó como Presidente interino da Venezuela.

Em sua conta no Twitter, o Ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, respondeu às afirmações do Secretário Pompeo criticando seu trabalho como ‘marionete’ no país andino. “A @SecPompeo. Ele acha difícil entender que, como marionete, ele e seu trabalho foram um fracasso monumental na Venezuela. Em vez de aceitá-lo e optar pela diplomacia, ele agora se dedica a expor seu fantoche derrotado para o mundo. De qualquer forma… O que mais se poderia esperar?”, escreveu.

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Pompeo está na Colômbia para participar da Terceira Conferência Ministerial Hemisférica de Luta Contra o Terrorismo que acontece no país.

Em seu encontro com Duque, no qual estiveram presentes representantes de 25 países, ente eles o autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, em vez de tratar da luta contra o terrorismo, Mike Pompeo preferiu se aprofundar nas questões que envolvem a Venezuela. “O mundo deve continuar apoiando os esforços do povo venezuelano de devolver a democracia e acabar com a tirania de Nicolás Maduro, que tem um impacto não apenas nos venezuelanos, mas em toda a região”, disse o Secretário de Estado dos EUA.

Sobre o mesmo tema, após a reunião com Pompeo, o presidente colombiano reiterou seu apelo por novas eleições na Venezuela. “Essa é a importância do que você e eu falamos hoje, e que tornamos público nos últimos dias: o apelo urgente por eleições livres e críveis na Venezuela”, enfatizou o presidente.

Secretário de Estado dos EUA se reuniu com presidente colombiano Iván Duque e Juan Guaidó na abertura da Conferência de Luta Contra o Terrorismo, mas o foco foi tratar da Venezuela; Chanceler Jorge Arreaza respondeu ao ataque

U.S. Department of State / Flickr

Mike Pompeo, Secretário de Estado dos EUA e Iván Duque, presidente da Colômbia

Guaidó deixa Venezuela ilegalmente

Para se reunir com o presidente da Colômbia e o Secretário de Estado dos EUA, Juan Guaidó deixou a Venezuela sem cumprir os requisitos regulares, uma vez que o político está proibido de deixar o país. 

A agência de notícias Associated Press (AP) afirma em uma reportagem que “não está claro como Guaidó deixou a Venezuela. Mas é a segunda vez que desafia a proibição de viajar imposta pela corte suprema pró-governamental da Venezuela e atravessa a fronteira em segredo”. 

A ida de Guaidó para a Colômbia para participar da Terceira Cúpula Hemisférica de Luta contra o Terrorismo contrasta com a sua relação com o grupo narco-paramilitar “Los Rastrojos”, diz uma matéria publicada pela Agência Venezuelana de Notícias (AVN).

De acordo com a matéria, o vínculo de Guaidó com o grupo é evidenciado por uma série de fotos divulgadas pelo ativista Wilfredo Cañizares que denunciou o traslado de Guaidó por parte dos paramilitares no dia 23 de fevereiro de 2019 para o show Venezuela Aid Live realizado em Cúcuta, no norte da Colômbia.