Em mais um gesto de aceno à possibilidade de candidatar-se às eleições presidenciais no Egito, o ministro da Defesa e chefe do Exército, marechal Abdelfatah al Sisi, disse nesta terça-feira (04/06) que não pode “dar as costas à maioria dos cidadãos” que desejam que ele se apresente como candidato no pleito.
Agência Efe
Discursando na Academica de Guerra, Sisi disse não poder “dar as costas à maioria dos cidadãos” que desejam vê-lo candidato
Discursando na Academia de Guerra, Sisi pediu que “deixem passar os próximos dias para que se aprovem as medidas oficiais”, em alusão à nova Lei Eleitoral que deve ser promulgada pelo presidente interino, Adly Mansour, e que regulará a convocação das eleições.
Sisi, bem como a instituição militar como um todo, goza de grande popularidade entre a população egípcia. O marechal foi figura central na deposição do então presidente eleito Mohammed Mursi, da Irmandade Muçulmana, em julho de 2013.
O governo provisório, apoiado pelo Exército, renunciou inesperadamente na última semana, obrigando o novo premiê, Ibrahim Mahlab, a nomear diversos novos ministros — e mantendo Sisi na pasta da Defesa. O marechal, entretanto, precisa abdicar de seu cargo no Ministério se quiser concorrer às eleições presidenciais. Sisi ainda não anunciou oficialmente a intenção de disputar o pleito.
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O Conselho de Estado (principal órgão da justiça administrativa) completou a revisão da Lei Eleitoral e enviou com emendas ao presidente Mansur, que deverá promulgá-la nos próximos dias.
Entre as emendas está a regulação dos recursos aos resultados das eleições, que deverão ser apresentados até dois dias após sua publicação, e os tribunais superiores administrativos terão uma semana para dirimir qualquer dúvida antes de publicar a decisão, que será inapelável.
* Com informações da Agência Efe